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quarta-feira, 28 de julho de 2010

COBRANÇA



Poucas atitudes são tão destrutivas para as relações como a cobrança. Ela pressupõe que estamos separados em níveis diferentes: eu credor, você devedor; eu sei, você não sabe; eu tenho meus direitos, você é o transgressor; eu tenho razão, você não tem; eu sou o ofendido, você é o ofensor... A cobrança nos sinaliza que a relação, qualquer relação, virou luta, virou briga!
Não percebemos que, quando mantemos crenças absurdas, idealizadas, achamos que os outros deveriam ser diferentes do que são para atender às nossas expectativas e passamos a vê-los como eternos devedores que falharam aos nossos desejos ou não reconheceram, com gratidão, tudo que fizemos por eles. Acreditar nisso nos leva à frustração, à raiva, à revolta, à mágoa, ao ressentimento... e reagimos a esses sentimentos com Cobrança àqueles que nos decepcionaram!
Nada pode ser mais irritante, ameaçador e opressivo que cobradores à nossa porta. Imagine só cobradores na nossa família, na nossa casa, no nosso quarto, na nossa cama! A triste ironia é que, quanto mais perseguimos com cobranças cada vez mais agressivas e chorosas (mesmo que “por amor”) mais o outro foge, resiste e luta. Ele defende suas posições, não quer mais ouvir, negociar, mudar. Reage com silêncios hostis ou com contra-argumentos igualmente raivosos e magoados que cada vez mais nos separam. Tanto as cobranças como os revides se repetem como discos rachados. Alguém já disse: “brigamos sempre as mesmas brigas”. Ninguém muda, só a relação que definha, encalha e morre.
A mim parece que a saída para esse impasse nas relações é, antes de mais nada, reconhecer que pensar e agir dessa forma não tem dado bom resultado, só nos tem trazido dor e afastamento.
Abrindo nossa mente podemos entender que ninguém é responsável por nossos desejos, expectativas e felicidade (mesmo que tenham se comprometido a isso num momento de paixão ou engano). Não tenho também o poder de modificar ninguém, mesmo com cobranças, ameaças, lamúrias, manipulações...
Compete a mim, sim, usar minha coragem e honestidade para estabelecer , comunicar e honrar meus limites, o espaço que me é necessário nas relações (comunicar os meus limites e não tentar impor ou modificar os limites do outro). Com assertividade e firmeza, saber me colocar nas relações do modo que me convém ou até mesmo ver até onde ela me convém.
É isso: jamais cobrar – apenas respeitar e dar-se ao respeito.
“O bom cabrito não berra”, nem se deixa manipular pelos berros dos outros.


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segunda-feira, 26 de julho de 2010

SAUDADE E CULPA


Por que andam tão juntas?

São filhas de um passado que se foi e que eu não soube ou não pude fazer melhor.
Saudade de quem se foi , saudade do que se foi.
Falta de poder ver, falar, tocar, ouvir...Falta do que foi tão bom e bonito, falta do que deixou de ser como eu queria... Falta, falta, meu Deus, quanta falta...
Como se doesse pouco, faz-se acompanhar da culpa! Culpa de não ter sido como devia, como eu queria. Culpa do que me omiti, do quanto invadi, do quanto falhei... Ficamos reféns de perguntas que se repetem, que nos açoitam:
Onde falhei? Por que falhei? Em que pedaço do caminho nos perdemos um do outro?
Devia ter feito mais, lutado mais, respeitado mais, ouvido mais, ter sido mais corajosa e verdadeira, ter amado melhor... Devia ter invadido menos, manipulado menos, cobrado menos, facilitado menos, ter tido menos medo... Tantos mais, tantos menos, tudo dói, tudo é dor!
São reflexões que se repetem quando as lembranças nos assaltam. Mas tenho que lembrar-me que não adianta remoer tudo isso. Já passou, não volta, não posso modificar. Nada muda o passado. Só por ontem, eu fui o que pude e os outros também.
Preciso continuar procurando aceitar o que não posso modificar, lembrando sempre que aceitar não é gostar, é apenas deixar de brigar com a realidade, é perdoar.
A cada vez que o passado me assalta de forma tão dolorosa, abafando até o que de bom também houve, procuro ir gentilmente me ouvindo, me consolando, me perdoando...
Quero substituir esse sofrimento que paralisa e destrói, pela ação responsável e criativa de tentar a cada dia ser um pouco melhor comigo mesma e nas minhas relações, usando o ganho que as experiências me puderam oferecer. Quero substituir lembranças que machucam, saudades dolorosas, pelo pensamento doce, carinhoso, atual e amoroso que me leva até vocês, anulando a distância e as dimensões que os separam dos meus olhos, mantendo-os vivos e próximos, no aqui e agora, com aceitação do que fomos e do que somos.
“O amor é uma ponte para o sempre” É o que me une, hoje, agora, a cada instante, aos amores da minha vida.


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quinta-feira, 22 de julho de 2010

CUIDAR DE MIM


Preciso cuidar de mim. Preciso lembrar-me que essa é a primeira e principal responsabilidade de cada um de nós. Não posso delegá-la nem cobrá-la de ninguém. Cuidar-me para melhor ser e estar, melhor amar...
Cuidar-me por inteiro, atenta e gentil aos meus vários “corpos”.
Cuidar de mim é cuidar dos meus pensamentos, estar atenta aos tipos de crenças, conceitos, pré-conceitos que detonam esses pensamentos. Preciso permanecer alerta, aberta, flexível, examinando-os, confrontando-os, remodelando-os quando necessário, à luz de uma maior sabedoria que as experiências da vida vão me propiciando. Cuidar de mim é não me tornar mera repetidora do que antepassados, culturas, hábitos, mídias, me impõem e poder optar, escolher, reformular...isto é liberdade, é auto-responsabilidade.
É estar gentilmente atenta aos pensamentos que cultivo:
_ fico remoendo fatos dolorosos, odiosos, do passado?
_ fico antecipando possíveis desgraças, tragédias, disputas?
_ entrego-me e fico saboreando indigestamente as informações perversas que me chegam através da mídia adoecida de nossa época ( jornais, cinema, TV, livros...)? Em nome de serem fiéis à realidade, retratam e reforçam só o que há de pior e mais agressivo em nossos egos assustados, competitivos, aguerridos. Além de me agredirem, me contaminarem, elas acabam por sedimentar valores, conceitos, crenças pervertidas de anti-heróis, de vencer a qualquer custo, de ter a qualquer preço, de parecer (em vez de ser).
Quando cuido dos meus pensamentos estou também cuidando dos meus sentimentos, das minhas emoções. Pensamentos sadios e generosos geram sentimentos gostosos, amorosos. Também preciso cuidar dos sentimentos dolorosos mais antigos, aderidos como lama escura ao meu corpo emocional, escondidos, bloqueados na sombra de mim, mas atuando e me torturando indefinidamente. Escolho não ficar remoendo as situações que os originaram mas hoje entendo a necessidade reconhecê-los, não renegá-los, poder falar deles, dar-lhes voz para que saiam, possam ir, sem retroalimentá-los com lamúrias, auto-piedade, culpas e desculpas. Decidi substituir ser vítima de um mundo caótico por ser responsável pelo meu mundo interior e de como me colocar nas minhas relações.
Os cuidados que quero ter com meus pensamentos e sentimentos evitam descargas destrutivas em meu organismo físico. Cuidar do meu corpo passa por estar atenta a ele, respeitar seus limites a cada fase de minha vida:
_ exercitá-lo sem forçá-lo irresponsavelmente atrás de recordes, metas irreais, estética, modismos...
_ alimentá-lo sem exageros ( demais ou de menos), com atenção à qualidade
_ estar atenta ao seu funcionamento, buscar a causas de suas disfunções, às suas sinalizações de perigo, sem simplesmente abafá-las ou dissimulá-las com usos de químicos(“doril,engov,etc”), entregando a tarefa de “curar” meu corpo a profissionais, eximindo-me de qualquer olhar mais profundo de mim mesma, como se não tivesse “nada com isso”
Cuidar de mim é buscar amar para ser feliz. É tentar me relacionar comigo a partir de minha dimensão espiritual/amorosa: com atenção, cuidado, bom humor, gentileza, aceitação, ternura, compaixão, respeito...É escolher cuidadosamente o que permitirei que me chegue através de meus sentidos, da minha mente...é buscar a vivência de minha espiritualidade.. É cuidar que minha essência espiritual possa se expressar na minha existência humana.

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terça-feira, 20 de julho de 2010

ONDE FICOU MINHA TERNURA?



A ansiedade, se deixarmos, vai nos consumindo, parecendo querer nos afugentar do passado, querendo nos fazer decifrar, adiantar e vivenciar o futuro. Somos empurrados numa sensação de pressa contínua – é uma perversão do tempo.
Passamos a correr continuamente atrás dele, sempre atrasados, para um encontro que jamais acontece porque o tempo de qualquer coisa, de tudo, é agora.
Temos pressa, muita pressa. O futuro é infinito e indecifrável mas quero controlá-lo, resolvê-lo logo.
Vivemos reféns dessa angústia, não conseguindo saborear o que acontece agora, na “pré-ocupação” do que temos que fazer, do que poderá acontecer, do que devia ser...
É a não percepção da realidade, do que somos, dos outros, da vida. Ficamos prisioneiros na expectativa e na luta pelo que queríamos que fosse.
Tudo isso leva a um estado de “elástico esticado ao máximo”, ao cansaço, a uma irritação cada vez maior e mais constante, ao sentimento de isolamento.
Perde-se a gentileza, a compreensão e aceitação das diferentes possibilidades e ritmos de cada um; tornamo-nos secos e mal-humorados.
De repente me dou conta e pergunto: onde ficou minha ternura?
Onde deixei meu sorriso leve, alegre? Onde perdi a espontaneidade de fazer carinho, de apreciar em vez de criticar? Como retomar meu agora e as gostosuras que ele por certo oferece?
O caminho me parece ser: Pára, a vida é agora! Quero parar para respirar, sentir meu corpo, meu ar, minhas companhias, tudo que me rodeia. Quero sentir e desfrutar o agora. Sentir ternura por mim que estou tentando, um dia de cada vez, mesmo com tantas recaídas no modo apressado de viver. É tão difícil mudar hábitos de sempre... Mas vale a pena: é minha felicidade que está em jogo!
O tempo realmente, calmamente vivido, saboreado, me devolve a serenidade e com ela o carinho, a ternura, a gentileza que aquecem a mim e às minhas relações; que adoçam e tornam gostosa a minha vida.

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

DOENÇA E CURA II ( A Cura )



A CURA

Acredito que nossa dimensão espiritual é a fonte inesgotável de alegria, bem estar, felicidade. Ela faz parte de uma Fonte Maior que a tudo e todos nutre e permeia. Acessá-la, libertá-la, conectá-la a esse Todo é o caminho para a Cura em nossos vários níveis e sua manutenção garante a sanidade. No meio, interceptando essa natural ligação, abafando nossa fonte interna em nome de uma defesa distorcida, está nosso ego amedrontado e por isso mesmo agressivo, manipulador, culpado, possessivo, vaidoso, orgulhoso, ressentido...
Como lidar com isso? Tentar apenas “ir levando”, nos acomodando do jeito que der, sobrevivendo nesse “mundo cão” competitivo, egóico?
O que quero? Adaptação e sobrevida ou buscar a cura?
Já se disse que o objetivo da vida deve ser aprendermos a guiar nosso ego aprisionante e isolado até nossa fonte vital – a Essência Espiritual. Buscar resgatá-lo das crenças, pressões e do medo que o enrijecem, para torná-lo permeável à Essência, abrindo mão, um dia de cada vez, das muralhas de defesa e prisão. Sendo um objetivo individual, o processo da cura é uma resolução interna, de nossa total responsabilidade.
Nesse processo precisamos de Mente Aberta às novas idéias e possibilidades, redirecionando nosso foco de atenção para nós mesmos. Entendemos e sentimos a importância de “Soltar-se” da mente rígida que escraviza e “Entregar-se a um Deus amoroso do qual fazemos parte”
É uma opção de humildade, de vida, de esperança de amor e paz.
Buscando entender o que me isola e aprisiona preciso iniciar uma viagem de auto descoberta, auto aceitação, auto respeito, possibilitando um auto encontro. É a construção de uma relação amorosa e sadia comigo mesmo. Dela surge a força e bem estar que acompanham a auto estima e a auto valorização. É nesse processo, natural e sem brigas, de desmonte das muralhas internas, que nossa luz interna consegue ir chegando às nossas vidas. Nesse exercício de compreensão, aceitação, perdão, compaixão e humildade vamos aprendendo a nos cuidar e reformular.
A Cura vai estabelecendo-se, um dia de cada vez, e refletindo-se em todas as nossas dimensões. É o ego que se tranqüiliza, deixando excessos, “egoísmos”, obsessões...
São nossos antigos sentimentos amordaçados, agora tendo voz...
É nossa dimensão física deixando de ser compulsivamente invadida, violentada, pressionada, podada...
A Cura também vai revelando-se num bem estar maior, numa alegria que naturalmente transborda de nós para tudo e todos.
São os momentos, cada vez mais freqüentes, em que somos conduzidos por nossa Dimensão Espiritual através de uma Dimensão Psíquica mais lúcida, serena e bem humorada e de uma Dimensão Física sadia e agradecida. A Cura é um aspecto do processo da vida e portanto também processual, dinâmica, contínua. Ninguém é tão sadio que não possa sempre melhorar!

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

DOENÇA E CURA I ( Disfunção )

Disfunção

Somos seres de energia “existindo” em várias dimensões: a física (mais evidente para nós), a psíquica (nossos sentimentos e pensamentos) e a mais interior, a essencial, a original... a nossa dimensão espiritual. Embora nomeadas separadamente, essas dimensões interagem sempre, num continuum que revela um todo - o Ser que somos. Tudo que acontece em qualquer dimensão se reflete nas outras.
Sendo nós seres originalmente espirituais, a função de nossas outras dimensões é a proteção, defesa, intermediação dessa dimensão de luz, liberdade, alegria, com o mundo físico e de relação onde vivemos. A doença se estabelece com a disfunção (distorção da função) dessas outras dimensões e com a desarmonia entre elas. É quando nossas crenças/pensamentos e os sentimentos resultantes (nosso ego), em vez de protegerem e servirem à dimensão espiritual, passam a aprisioná-la, isolá-la, desconectá-la – deprimindo sua capacidade de nos fazer existir com felicidade, alegria.
Desses egos rígidos, adoecidos (neuroses e psicoses), a disfunção “desce” até a dimensão física, pressionando-a, revelando-se sob a forma de disfunções orgânicas (doenças físicas).
A disfunção da dimensão psíquica pelo ego enrijecido se estabelece a partir de uma percepção exagerada de ameaças à nossa individualidade e à nossa necessidade de amor e valorização. Como buscamos a realização desses desejos no nosso mundo de relação (família, escola, igrejas,etc), ficamos sujeitos às suas pressões e barganhas, às suas regras (por vezes tão restritas), a códigos religiosos fechados, a códigos de comunicação confusos, perversos, a serviço da luta e da competição. Tudo isso, desde que nascemos, nos infunde muito medo. Nossa energia originalmente “livre, leve e solta”em nossa dimensão espiritual, “se altera, cria bloqueios, esconde-se sob máscaras que se transformam em verdadeiras muralhas defensivas, em mortalhas que tornam o Eu Interior invisível para o mundo exterior e para nossa própria consciência!” Ficamos desconectados de nossa origem, desnutridos de nossa luz, prisioneiros de um ego que luta todo tempo (viver é lutar!?), escravos de idéias congeladas que geram comportamentos aprendidos/ensinados/repetidos de sempre tentar controlar para obter amor, valor, poder...
Essa luta contínua que nos desgasta em todos os níveis trás consigo o que pode nos salvar – a dor. A dor gera a Crise, abençoado confronto que pode nos libertar. Na maioria das vezes,no entanto, ainda tentamos barganhar ou acomodar para não mudar o que acreditamos. Buscamos culpados para nossa dor, tentamos eliminar sintomas físicos das doenças sem querer entender suas origens profundas, buscamos aumentar nossos prazeres para distrair-nos da dor ou até mesmo anestesiá-la com químicos de qualquer espécie.Outros, quando todo o sistema Corpomente “aprende” a solução química passam obsessivamente a buscá-la exigindo compulsivamente mais e mais anestesia. O círculo então se fecha num carrossel enlouquecido do qual precisam desesperadamente pular para sobreviver, mas não sabem como. Alguns de nós conseguirão ir seguindo, conformados, normóticos, com uma vidinha medíocre mas “normal”, de prisioneiros com algumas regalias.Outros “morrerão disso” quando a dimensão física não mais suportar carregar, digerir, tantas agressões ou ser mutilada dos sintomas de suas patologias. Mas, há outros ainda que, não fugindo da dor resultante de tantas disfunções, permitirão que ela funcione como uma cunha, um aríete a quebrar a muralha/mortalha que os envolve aprisionando e buscarão se libertar e renascer...é o início da CURA

Continua.

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domingo, 11 de julho de 2010

O PASSO DOZE


Tendo tido um despertar espiritual, por meio desses
Passos, procuramos levar essa mensagem a outras
pessoas e praticar estes princípios em todas as nos-
sas atividades.

Todos os Passos nos nortearam na busca da sanidade, na saída para nossos impasses, na cura de nossas dores, na alegria de viver amorosamente a partir de nossa dimensão espiritual. Ela é a fonte da vida, do sagrado, da conecção com um Poder Superior.
Eles nos guiaram nessa itinerância através de nosso ego fechado, arrogante mas amedrontado, competitivo e defensivo, usando o compartilhar sem confronto com outros egos, para irmos descobrindo nossa espiritualidade. E nesse caminhar perseverante, com esse propósito, vamos chegando a um “despertar espiritual”. Estamos aprendendo a viver coerentes com nossa identidade de seres espirituais. Cada vez mais livres das amarras que nos impuseram e aceitáramos continuar com elas, estamos desfrutando agora da gostosura de compartilhar, cooperar, respeitar, ter compaixão, sermos generosos, gentis, bem humorados, verdadeiros...
Embora nossos problemas muitas vezes continuem iguais (ou até maiores), algo mudou – fomos nós. E tudo começa a ser tão diferente e nos sentimos tão plenos que, naturalmente, necessitamos “transbordar” para tudo e todos.
Queremos levar a boa nova, a mensagem, a “dica” de que a felicidade “até existe” e ela está nessa caminhada à dimensão espiritual.
O Passo 12 nos convoca a sermos mensageiros, a levarmos a boa mensagem, não apenas informando ou ensinando, mas sendo nós próprios, um dia de cada vez, a própria mensagem, vivenciando esses princípios espirituais amorosos.

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

O PASSO ONZE




Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar
nosso contato consciente com Deus, como nós o conce-
bíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vonta-
de em relação a nós e a força para realizar essa vontade.


É o Passo de contínuo aprofundamento da relação que buscamos
resgatar com nossa origem – relação de nós mesmos com o Todo do qual fazemos parte.

Ele nos sugere a importância do contato consciente, cada vez mais íntimo e próximo, com esse Poder Superior antes mais distante, mais pensado e idealizado do que realmente sentido. É o exercício de agradecer, conversar, nos revelar a Ele através da prece que nos faz sentir Sua presença, nos inunda de pura emoção e sentindo-nos confiantes, amparados, aceitos incondicionalmente, alegres, confortados... É o exercício de pararmos, silenciarmos, entregarmo-nos para “escutá-Lo” através da meditação. É o exercício de humildade e confiança nesse Poder Maior de Sabedoria e Amor para aceitar situações que eu não quero, que tanto me machucam, mas agora entendo que, se Ele as permite, é porque preciso dessas situações para meu aprendizado do amor, para minha libertação de falsos conceitos, da arrogância, do egoísmo... de tudo que me aprisiona na insegurança, no medo, na luta, na disputa, no desamor. E nesse exercício ficamos com a certeza que Dele virá a força interior para tudo superar e... ainda florescer.
Esse é o Passo que, um dia de cada vez, nos faz sentir que jamais estaremos sozinhos e abandonados. Ele nos leva a sentir intensamente a presença desse Poder Amoroso em nós e em nossa vida.


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quinta-feira, 8 de julho de 2010

O PASSO DEZ



Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos
errados, nós o admitíamos prontamente.


É o passo da atenção continuada e do cuidado paciente que decidimos ter conosco. Passo da perseverança no propósito de ir cada vez mais na direção daquele que sou porque “não saber, não conhecer é passar ao largo de si mesmo, de sua grandeza”, de sua humanidade. Ele nos mantém conscientes do nosso processo, atentos, sem perder o foco interno, buscando uma sintonia cada vez mais afinada.
É o passo que vai nos conduzindo a uma relação intensa, aprofundada, camarada (jamais policialesca), íntima, conosco mesmos.
Essa intimidade, amiga e respeitosa, que se firma a cada dia, facilita-nos logo reconhecer e admitir nossas falhas recorrentes e teimosas, que não queremos mais atuando em nossas vidas.
O Passo 10 é a reafirmação, a cada momento, da responsabilidade amorosa que assumimos conosco na busca da felicidade.


“Só é duradouro o que se renova a cada dia.”

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domingo, 4 de julho de 2010

O PASSO NOVE


Fizemos reparações diretas a essas pessoas, sempre que possível,
exceto quando fazê-lo viesse prejudicá-las ou a outras pessoas.


Não basta toda nossa reflexão modificada sobre o nosso passado obtida no Passo 8. Se não for seguida pelo exercício de uma ação reparadora, construtiva, amorosa, verdadeira - tudo se perderá em vã filosofia.
O Passo 9 é um passo adiante na decisão de ser e estar mais honesto, generoso e
respeitoso nas relações. É o passo que transforma culpa, mágoa, ressentimento, raiva,
vergonha, sentimentos que nos retêm, aprisionam e maltratam, em ação objetiva,
responsável e reparadora.
Mas como reparar? Não posso mudar ninguém nem o passado mas, quando
mudo no presente, mudam minhas relações. Quando aprendo a me respeitar e cuidar
melhor, faço reparações a mim; quando aceito as limitações das pessoas no meu passado
fica mais fácil perdoá-las; quando me desculpo com palavras e ou atitudes, mostrando
boa vontade e cuidado com as pessoas, faço reparação aos outros. O passo me alerta
para a atenção respeitosa e ética com as pessoas do meu passado – elas não devem ser
atropeladas pelas minhas necessidades de resgate de culpas ou de mudança.
Para ser coerente com a felicidade que buscamos desde o Passo 1, todas as ações
que nascem desses passos precisam ser lúcidas, assertivas, honestas, mas também éticas
cuidadosas, respeitosas, gentis e amorosas.


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