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segunda-feira, 29 de abril de 2013

PASSOS - II



          Os 12 Passos sugeridos pelos Anônimos nos encaminham para um Despertar Espiritual, para o despertar de nossa consciência espiritual, para o despertar de nossa capacidade de Amar. É um chamado para nós mesmos! Uma nova direção para nosso olhar antes perdido no mundo de fora! (1º)

            Esses Passos sugerem Vida, movimento... É um chamado que nos leva a abandonar o marasmo de uma estagnação “normótica, que nos tem transformado em meros repetidores de atitudes que não são nossas, de escolhas que também não são nossas, em ritmos que não são nossos, em direção a metas externas, mundanas, que nos são impostas pela mídia, pelos modismos, pelo mundo. Esse é um chamado diferente!

E para ser coerente com seu propósito amoroso e libertador, esses Passos precisam nos conduzir com calma, paciência, perseverança, respeito às particularidades de cada um de nós, com a alegria de estarmos a caminho!  Passos não são marchas, que sugerem força, coação, cobrança, imposição, desrespeito,em nome de metas ideais. Não podem ser dirigidos por duras e policialescas investigações internas em busca de erros, falhas, culpas, pecados... Buscas que nos façam sentir fracassados, envergonhados, humilhados.

            É uma caminhada individual, mas que não fazemos sozinhos!
“Só eu posso, mas não posso sozinho”. É no acolhimento humano, caloroso e respeitoso de um grupo de iguais que começo a acreditar e sentir a poderosa presença de um Poder Superior Amoroso e, juntos, fortalecidos e confiantes, compartilhamos e nos entregamos com Boa Vontade à Sua orientação nessa jornada.(2º/3º)

            Tendo redirecionado nossa “rota” e devidamente encorajados/amparados pelo amor de companheiros e de um Poder Amoroso, iniciamos a “incrível jornada” em direção ao melhor de nós, com o olhar curioso e aberto de uma criança. Precisamos para isso atravessar zonas esquecidas e prisões escuras...  Mas continuamos, com coragem e destemor, e fazemos descobertas, levamos sustos, nos espantamos, duvidamos, reconhecemos... (4º)

            Apoiados, encorajados, vamos conseguindo abrir mão da negação, da vergonha, da humilhação orgulhosa por nossos desvios e caminhamos para a Aceitação, admitindo para nós mesmos, para esse Poder Amoroso e para outro ser humano, o que fomos e o que ainda somos, Só por Hoje.(5º)

            Ficamos tão deslumbrados com esse início de libertação interior, que nos abrimos, que nos sentimos, mais e mais, em prontidão para novas descobertas e para novas mudanças.(6º)

            Mas, nossa humanidade/nossas dificuldades se revelam ainda grandes e recaímos, repetindo o que achávamos que estava superado em nós! E nesse processo tão amoroso, substituímos nossa humilhação pelos tropeços em Humildade e Aceitação, o que nos traz Paz Interior!  Pedimos então a essa Força Gentil, que nos acompanha e cresce em nós, que nos ajude a continuar (7º).

            Com esse início de entendimento de nós mesmos, podemos agora ter um novo olhar para nossa história. Podemos fazer uma releitura de nossa vida e de nossas relações. E nos advém, então, o desejo, a necessidade, de repararmos o que fizemos a nós e às nossas relações. São passos de reflexão, de honestidade, de perdão e de ação. (8º/9º)

            Esse caminhar é tão libertador que já não queremos parar! Buscamos, a cada momento, estar carinhosamente atentos a nós mesmos, desenvolvendo cada vez mais uma intimidade gostosa e confiante que nos permite, com honestidade, novas descobertas, avaliar dificuldades ainda não resolvidas para, mais facilmente, buscar as mudanças(10º).

            E essa mesma busca de intimidade/proximidade queremos manter com esse Poder Superior Amoroso que nos acompanha e que já sentimos que nos habita. Procuramos não nos deixar aprisionar por toda a materialidade do mundo e, através da Prece e meditação, buscamos melhorar esse contacto, essa sintonia com o Sagrado que nos fortalece, acolhe, consola, intui e alimenta. (11º)
             
                                                                                              Finalmente...



quarta-feira, 24 de abril de 2013

PASSOS - I



            Passos sugerem caminhada... Mas para onde?  Em direção a quê? O que buscamos, afinal?  Buscamos sobreviver, ansiamos por prazer, mas, acima de tudo, queremos ser felizes!

            Habitando esse mundo material, aprendemos que a felicidade estava lá fora, fora do nosso alcance imediato e devíamos buscá-la, lutar por ela! E por ela temos ido tão longe, sofrendo, disputando... Afinal, valia a pena!

            Nós a buscamos nos bens materiais, no poder, no prestígio... para sermos “sucesso” no mundo, perante todo mundo! Acreditávamos que só sendo assim valorizados e amados poderíamos ser felizes! Coerentes com essa crença e a partir do medo de perdermos o que nunca foi realmente e definitivamente nosso, passamos a nos relacionar com apego a coisas e pessoas, numa luta infinda pelo controle delas distorcendo a comunicação com segredos, mentiras, manipulações, cobranças... Tornamo-nos vítimas de frustrações, decepções, mágoas, culpas, vergonhas, medo, medo, medo...  E quanto mais nos empenhamos nessa “caçada” pelo amor e valorização do mundo, mais nos confundimos, mais nos desesperamos e distanciamos de nossa meta inicial: a felicidade!

            Muitos de nós lutamos até o fim de nossos dias: amargos, desiludidos, agressivos, aguerridos até a insensibilidade. Outros, se contentam e anestesiam com o prazer que tentam encontrar na busca exagerada de dinheiro, prestígio, sexo, comida, rezas, jogos, químicos... também até o fim!

Será que a felicidade não é, afinal, para nós, nesse mundo?  Ou será que a felicidade não virá do mundo, mas podemos aprender a começar a desfrutá-la ainda nesse mundo?  Talvez precisemos apenas redirecionar nosso olhar, nossa atenção...

Os Passos sugeridos pelos Anônimos (AA e os outros Anônimos) nos apontam uma nova direção, nos apontam para uma caminhada interior, tendo como oriente de nossa busca o despertar de nossa capacidade de amar a nós mesmos e ao mundo. É uma caminhada porque nesse percurso descobrimos, aceitamos e nos propomos a transformar tudo aquilo que, dentro de nós, nos afasta de nossa luz e alegria interior: as velhas crenças competitivas, irreais, desamorosas, sempre voltadas para o mundo exterior; os sentimentos escondidos, bloqueados, as atitudes interiores de defesa e luta... Tudo o que forma essa blindagem dura e escura que nos distancia da nossa luz, que nos impede de sermos leves, livres e felizes.

Esses Passos sugerem uma caminhada para a liberdade, única, particular, individual, ao tempo e modo de cada um. É importante “mente e coração abertos” para iniciar essa viagem tão diferente do que fomos condicionados. Os Passos sugerem a gostosura de um caminhar honesto, desassombrado, bem humorado, leve...para aproveitar e apreciar tudo que o caminho nos oferece. Esses Passos também sugerem...

                                                                                                          Continua...

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O BRILHO DO SEU OLHAR



            Já se disse que os olhos são o “espelho da alma”. Eles nos “dizem” da vida que nos habita.
Quando adoecemos, nossos olhos acusam a perda de vitalidade física; quando o corpo morre, o olhar perde todo o viço e mostra que aquela vida que o habitava agora se fora. Eles revelam também os sentimentos que nos empolgam: raiva, medo, mágoa, frieza, desprezo, alegria, esperança, entusiasmo...
Quando não queremos nos revelar, fugimos do olhar direto. “Olhos nos olhos” é muito íntimo, às vezes até intimidante, invasivo...

             A Vida, errada ou certa, tem força, vitalidade. É triste observar a falta de brilho em um olhar. Essa opacidade transmite um pesar enrustido, uma conformação forçada, uma falta de esperança, de crença em algo melhor da vida. Parece que falhamos, que falharam conosco, que tudo gorou, que as boas expectativas não deram certo, que o viver transformou-se num arrastado sobreviver, sem muita graça, mesmo sem desgraça, sem alegria, sem projetos, sem desafios... E o olhar fica sem brilho!

            As crianças e os jovens, que se lançam naturalmente ao mundo, ainda trazem esse brilho, mesmo que, às vezes, entre lágrimas, zangas, raivas... Mas o tempo, que nos desgasta o físico, acaba por nos trazer para uma vida mais interior e somos confrontados com o desgaste de sonhos, ilusões, expectativas...

            Talvez muito pouco em nosso caminho tenha sido como desejávamos, mas é imperioso, então, estarmos atentos aos ganhos interiores que as decepções, as frustrações, as perdas, as dores, nos proporcionaram em termos de maior compreensão e aceitação de nós mesmos e do mundo. Esses ganhos interiores é que vão trazer e manter uma suavidade brilhante ao nosso olhar.

            Estamos vivos e a vida é uma eterna sucessão de desafios para nos levar ao melhor de nós, sempre e cada vez mais, ao melhor de nós.
Passamos pela conformação doída e cansada que nos rouba o brilho e o sorriso, mas prosseguindo, chegaremos à aceitação desse processo que, mesmo doendo, nos torna melhores e mais livres! É isso que nos “mantém no jogo”, ativos, curiosos, vivos, cheios de brilho no olhar!

            “Não quero ver seu olhar conformado, envelhecido, apagado, acompanhando um sorriso triste, quase desinteressado. Quem viveu tanto e tão intensamente tem muita luz e brilho no olhar para compartilhar!”

domingo, 14 de abril de 2013

ESTAMOS A CAMINHO



            Em certos momentos, assistindo noticiários, vendo e revendo histórias, preciso estar repetindo para mim:
_ Não tenhas pressa, não te angusties, não desanimes, não te agonies tanto... contigo e com o mundo; esse mundo com tanta loucura, tanto mal, tanta dor! Embora não te pareça, nada está perdido... nem para ti, nem para o mundo.

            Por mais que erremos, por mais que ignoremos ou esqueçamos nossa origem sagrada, uma centelha divina habita em cada um de nós! Assim, ao final, não pode dar errado!
Essa Luz, está em nossa origem e em nós permanece, ainda que ignorada, esquecida, abafada, mal cuidada...
 Essa Luz, hoje ainda é mais pressentida do que sentida; essa Luz, ainda inconsciente e sufocada em tantos de nós, essa Luz tão negada, ridicularizada e contestada pela nossa tola arrogância racional, intelectual, permanece em nós, silente, paciente, esperando nosso despertar.
Essa Luz nos aponta e garante uma saída de libertação no fim do túnel escuro de nossa ignorância, de nossa negação, de nossa dor e confusão.
Essa Luz parece expandir nosso peito, acelera o correr da vida em nosso corpo e nos aquece ao eclodir das emoções, quando nos faz descobrir e sentir a gostosura do amor em momentos de carinho, ternura, generosidade, compaixão, beleza, alegria ...

E continuo repetindo para mim:
Não te desesperes, não abras mão da esperança, e mais, da certeza de um final feliz, a seu tempo, para cada criatura desse tão Amoroso Criador.
Não te prendas aos desmandos do mundo e, muito menos, ao tempo do mundo. Estamos tão pobremente condicionados a esse curto tempo do mundo que queremos ver, agora/ já, o final de uma caminhada que a humanidade mal começou! “Chegamos no meio do filme, ficamos só um pouquinho e queremos saber o final, entender o filme todo!”

Estamos todos a caminho! Esquece a angústia que o tempo pequeno do mundo te faz sentir e apenas caminha! Aprecia, aproveita, compartilha com bondade e alegria a oportunidade sagrada desse Caminho. Tranqüiliza-te, entrega-te a esse Poder Maior de puro amor, com a certeza de que estamos todos a caminho!

terça-feira, 9 de abril de 2013

RETRATOS ANTIGOS




           São flashes de vida, pedacinhos congelados da vida. Mas são tão poderosos! Fazem a mágica de trazer o passado para o momento, nos subjugam e nos arrebatam de volta a esse passado...

E recordamos, e revivemos... As lembranças se desdobram, os pensamentos viajam, o coração se expande... mas depois, se aperta e aperta num movimento de idas e vindas do Ontem para o Agora, em comparações tão doídas!
 - os meninos cresceram e se foram pelos caminhos escolhidos, colhendo alegrias e dores muitas, dores que a vida lhes reservou e eles nem sonhavam...
 - os pais envelheceram, os avós se foram, tantos partiram... tios, primos, amigos, filhos... Muitos outros chegaram, mas ainda não estão naqueles retratos, não pertenciam ainda àquele mundo!
 - amores, namoros, casamentos... alguns se acabaram, outros se mantiveram, mas murcharam e alguns permaneceram com um frescor que nós mesmos já não temos...
 - e nós, que nos olhamos e quase não nos reconhecemos naqueles jovens bonitos, cheios de vigor, sonhos e tolas certezas.
           
            Retratos antigos mexem conosco, puxam emoções, nos levam a pensar (“o pensamento parece uma coisa a toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar...”) e até a filosofar, sobre tudo que rimos e choramos, que erramos e acertamos... todos fazendo o melhor que conseguíamos!

            Muitos de nós gostamos dessas visitas ao passado que os retratos antigos nos proporcionam. Muitos nos sentimos revigorados com  a lembrança da felicidade desfrutadas naqueles momentos!  Outros, não! As lembranças os dilaceram pela perda de um tempo que não volta mais, de um tempo que, na verdade, não ficou congelado... ele simplesmente passou!

Cada um de nós é único e a forma de lidar com os Retratos Antigos, também! Mergulhe nessa viajem e depois, volte como puder !!!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O DILEMA DO CASAMENTO III - A SAÍDA



            Impactados, confusos e machucados, mas “lapidados” no desenrolar desse processo desamoroso, alguns de nós conseguem vislumbrar afinal uma saída diferente para esse dilema. E a saída para os dilemas que enfrento na vida estão em mim: no modo como me vejo, como vejo o outro e nas crenças que tenho sobre nossos papéis na relação. Se eu não mudo meu modo de pensar, eu não mudo nada em minha vida!

            Nas relações afetivas não existem mocinhos e bandidos! Cada um de nós é responsável pelo seu próprio conforto e o próprio espaço dentro da relação! Então...
 - preciso começar a entender e rever minha história, meus relacionamentos, meus papéis, minhas atitudes, sob as crenças que os norteavam.
- preciso entender que máscaras, fantasias, sedução, manipulações, são atitudes desonestas que apenas escondem do outro a pessoa incrível e única que Sou.
 - preciso trazer Verdade à minha palavra, dar voz aos meus sentimentos, aos meus pensamentos, aos meus projetos; preciso deixar transparecer quem Sou, ser querida como Sou... Só assim me sentirei segura nas relações.
 - preciso abrir mão da luta, da tentativa de controle, da competição, de ser invasiva, da alegria efêmera e vazia de vencer, de ter a última palavra com aquele que eu queria, na verdade, apenas amar e com ele compartilhar, cooperar, criar...
 - preciso aprender a ser responsável pelo meu espaço, minha vida, pela minha felicidade... Não posso delegar, jamais, essa responsabilidade a qualquer pessoa, para depois não “queimar” nossa união com queixas e cobranças... Preciso aprender a estabelecer, comunicar e honrar meus limites – preciso ser assertiva!
 - preciso acreditar, mais e mais, que somos duas pessoas inteiras, completas, únicas, diferentes... Pessoas que se amam e resolveram caminhar parceiras, lado a lado, mas livres em seu próprio caminhar.

            Devo rever tudo que acreditei saber sobre o casamento. Tudo que me levou àquele terrível e doloroso dilema. Devo rever, mas é importante lembrar que não posso reviver o passado de qualquer relação! Não posso tentar transformar uma relação para resgatar seu passado, até porque só posso modificar a Mim. Todavia, minhas mudanças criam um novo presente e abrem novas possibilidades para mim nas minhas relações. Quando não nos reformulamos e não aprendemos com o passado, tendemos a repeti-lo ou a ficarmos congelados no tempo e na dor.

            Quero aprender a amar sem artifícios, sem cegueira, sem truques, sem luta... E me pergunto: Em que momento estou no meu casamento? A caminho desse dilema?
Se estou na fantasia, ainda é tempo de acordar e acreditar que só a realidade pode nos trazer Segurança,Verdade e Alegria...
Se estou na agonia, posso estancar parte da vida que se esvai da relação com as minhas mudanças...
Se a relação já morreu, posso aprender com sua promessa gorada de vida, com sua agonia e sua morte... Posso me preparar para agora Amar com Simplicidade, Respeito e Verdade!