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terça-feira, 30 de julho de 2013

ELES SE FORAM


           Eles chegaram, ficaram (uns mais que outros) e se foram...
Deixaram saudades, lembranças de todo tipo, deixaram rastros, vestígios  de si mesmos em minha história...

Uns me acolheram, me cuidaram, me deram/ensinaram o que tinham de melhor. Outros, apenas o que tinham, nem sempre o melhor...

Uns chegaram mais tarde e me escolheram para compartilhar suas vidas enriquecendo meu caminho com suas “boas águas” e algumas “pedras”. Outros nem me quiseram, mas me ensinaram a cuidar melhor de mim mesma e estar mais atenta às minhas escolhas. Com eles aprendi a me valorizar mesmo rejeitada e a ser humilde sem me humilhar.

            Uns chegaram quando fui convocada pela Vida a cumprir meus “sagrados contratos”. Vieram, tão amados, e nosso convívio tão querido,  nossos conflitos, preencheram minha vida com desafios, exigiram de mim o máximo, ainda que tantas vezes eu só pudesse dar tão pouco! Mas vieram e ajudaram a “puxar” de mim todo o mel, o melhor de que eu fosse capaz...  Vieram e quando se foram me fizeram chorar, zangar, sofrer... até finalmente aprender a “aceitar” suas perdas. Cumpriram suas missões individuais e marcaram profundamente a minha.


            Familiares, companheiros, amigos, colegas, professores/alunos – foram passantes- passaram por minha vida com muito amor, com amor e até sem amor – mas foram incríveis coadjuvantes na minha história. Hoje, quanto mais tempo vivo, quanto mais comprido/intenso/extenso meu passado se revela, mais eu o vejo habitado pelos que já se foram do meu convívio - pela distância física ou de dimensões. Para sempre, hoje, agora, eles se mantêm vivos em mim e na minha história. A cada instante nós nos “esbarramos” quando eles me são trazidos por situações, pelo som das músicas, pelos cheiros, pelas imagens, pelos exemplos (bons ou maus) de atitudes, pelas lembranças, enfim... tantas lembranças! São instantes preciosos: alguns de reafirmação de aprendizado, outros de saudade/gratidão, mas todos reafirmam e valorizam a passagem em minha vida daqueles que já se foram...

quinta-feira, 25 de julho de 2013

SEMENTES


            A semente dentro de um fruto traz em si o potencial da árvore completa. Toda semente traz esse poder dentro de si.  Somos, todos, sementes divinas, trazemos em nós o potencial de deuses. Já foi dito: “Vós sois deuses”.

            Somos sementes divinas em diferentes estágios de germinação. Mas tudo, todo o poder, está em nós. Não precisamos buscá-lo fora, no mundo. Do mundo, na natureza e nos homens, precisamos buscar solos/relações férteis para podermos cumprir nosso destino sagrado de crescer, florescer, frutificar...

            Então, preciso aproveitar, me expor às águas da vida (calmas ou enxurradas) porque elas fazem parte desse processo do germinar. Se o solo onde estou ou onde fui plantada é duro, árido, estéril, não devo me fechar zangada, agressiva, magoada, “injustiçada” com as tempestades e os ventos fortes que tanto me assustam, porque eles podem propiciar a formação de solos melhores ou me arrastar para eles... para finalmente eu poder melhor germinar.

            Na seara perfeita desse Poder Superior Amoroso não há possibilidade de perda de quaisquer sementes. Depende apenas de mim o tempo que demorarei para florescer e ser feliz; depende de mim o tempo que decido me manter fechada, prisioneira de lutas, disputas tolas e fúteis para ser vitoriosa, para ter razão, ter a última palavra, para ser a julgadora do mundo...para estar distraída de mim mesma! “Depende de nós...”

            Nessa seara divina somos sementes e, também, lavradores/jardineiros na medida em que cabe a cada um de nós o cuidado com o “solo” onde, juntos, estamos plantados.
Depende também de mim, a cada instante, tentar ser a brisa que refresca e acolhe, ser a água que traz umidade, ternura e alegria às relações, às pessoas de minha vida. Preciso tentar cuidar desse mesmo modo das sementes que me foram confiadas por esse Poder Maior, revelando através de mim que o amor é que nos nutre e possibilita um gostoso florescer; preciso nutri-las com as delícias do bom humor, da compaixão, da aceitação, da generosidade, do incentivo, do elogio... em vez de ser seu professor em disputas, raivas, rancores, ódios, mesmo quando os achar “justificados”.

            A sementeira, as sementes, o lavrador... Estamos todos agindo e interagindo, germinando e florescendo nos Campos do Senhor, do nosso Doce Semeador.


sábado, 20 de julho de 2013

A DOR AINDA ESCONDIDA!


          É a dor ainda não chorada, a dor não gritada, a dor mascarada por um riso que não acha graça, de indiferença fingida, de superação total...
Por que eu, ainda, a tenho sufocado?  De novo, eu me questiono:
Será a “certeza” de que minha dor não será entendida?
Será o medo de “mexer” com ela, de encará-la de frente?
Será a insegurança ou a vergonha orgulhosa de não querer expô-la aos outros, o medo de quebrar minha imagem construída?
Será a pretensão de poupar os outros, de decidir por eles se querem ou não se emocionar, compartilhar...

            Eu escolhi/aprendi a agir como pudesse para controlar minha dor. Não queria senti-la, nem revelá-la. Mas o custo dessa luta é muito alto!
E é uma luta perdida, tentando controlar o incontrolável – dimensões de mim mesma! Fujo tanto da dor e dói do mesmo jeito! Assim “controlada” parece que dói ainda mais, gritando para ser liberada. A dor é o alarme soando, gritando-me que estou viva, que existo também através de meus sentimentos, que preciso dar-lhes voz, respeitá-los, respeitar minha humanidade.

            Tenho tentado enfrentar meu medo de sofrer, o medo de ser quem sou nas circunstâncias de minha vida. Mas como é difícil me desarmar, abrir mão das defesas que me habituei a construir e que agora me aprisionam!
Já entendi como essas defesas funcionam e porque foram criadas/cuidadas para me livrar dos “perigos” da dor. Eu já entendi como essas defesas me isolam de mim mesma, dos meus sentimentos, como me isolam das pessoas do meu mundo!  Já caminhei um bom pedaço para entender tudo isso em mim, mas fico ainda assombrada como, apesar desse entendimento, é difícil desistir dessa “proteção”, simplesmente abrir meu coração e sentir... Ousar  sentir, deixar sair, me revelar, me libertar...

            Entendo agora o quanto é longo/comprido o caminho entre a mente e o coração, entre o novo entendimento e os velhos sentimentos. Defendemo-nos tanto... E agora, como liberar essas emoções?  Vejo-me, tanta vezes, arranjando desculpas para adiar atitudes de honestidade e lealdade comigo mesma...

            Hoje, mais uma vez, escrevo, me revelo, compartilho, para me fortalecer, me encorajar, nessa tarefa de desconstruir essas defesas para simplesmente poder desfrutar/curtir a liberdade de, apenas, Ser quem Sou.



segunda-feira, 15 de julho de 2013

INSEGURANÇA



          Todos ansiamos por nos sentir seguros física, material e afetivamente – e para sempre! No entanto, a insegurança (pouca ou muita) parece nos perseguir e atormentar quase todo o tempo, porque viver, afinal, é perigoso num mundo material, competitivo, passageiro, em eterna transição e “ebulição”!  Ansiamos também nos sentir seguros interiormente, mas descobrimos que sob as máscaras que usamos somos (pouco ou muito) desconhecidos de nós mesmos, inseguros de quem somos, do que queremos, do que podemos...

            Essa insegurança interna e no trato com o mundo acaba por nos levar a atitudes de defesa e ataque. Inseguros, estamos sempre alerta, em estado de atenção com o perigo exterior. Tornamo-nos mais/menos fechados, tímidos, buscando agradar às pessoas ou agressivos, reativos a elas. Nossa comunicação com o mundo e nas nossas relações mais significativas torna-se um instrumento (ou arma) a serviço de nossas defesas, derivadas de nossa insegurança. Escondemos fatos, idéias e sentimentos para nos preservarmos de decepções, das críticas e das cobranças! Criamos e mantemos segredos, nos utilizamos de mentiras e manipulações (pequenas/grandes – “inocentes”/perversas) porque estamos inseguros de nós mesmos e de sermos aceitos pelo Outro.

            A insegurança corrói nossa alegria de Ser/Estar. Ela nos mantém isolados e partidos nas relações, jamais inteiros/entregues, esperando sempre o pior, prisioneiros do medo e da desconfiança.

            Somente a decisão Persistente e Paciente de nos descobrirmos, de nos aceitarmos, de nos cuidarmos, de aprendermos a usar nossa Coragem e Honestidade para dizer quem somos... somente a decisão de nos Valorizarmos como seres únicos que somos, só assim, poderemos ir nos libertando dos grilhões da insegurança para desfrutarmos, Um Dia de Cada Vez, com Segurança e Simplicidade, a pessoa incrível que Somos e estarmos sem medo, sem lutas, nas nossas relações.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

O SENTIDO DA VIDA


           Qual o sentido da Vida?  Qual o porquê de estarmos aqui?
Mesmo sem termos respostas filosóficas ou religiosas, ou mesmo sem que tenhamos nos perguntado sobre isso, parece que a nós, seres vivos, o sentido desse viver seria o desejo de “felicidade”. Mas o que é felicidade vem se modificando conforme os seres evoluem.

            Num estágio animal, a “felicidade” é a instintiva busca pela sobrevivência física e, já em alguns, o início dos prazeres físicos e psicológicos: comer, beber, procriar, lutar pela dominância, pelos privilégios sexuais, pelo poder territorial. É uma fase de ataque/defesa que se prolonga num novo estágio que o Homem atinge ao desenvolver sua capacidade de pensar, sua mente.

            Quando passamos a desenvolver o raciocínio, passamos a usá-lo ainda como arma de defesa/ataque, embora com muito maior sofisticação tecnológica. Estruturamos nosso ego (crenças/pensamentos) coerente com essa luta, “educamos” ou aprisionamos os sentimentos que estivessem em desacordo e continuamos a buscar nossa sobrevivência física, passando a enriquecê-la com requintes de prazer e o vislumbrar do Amor (ainda que primário, possessivo). O sentido da Vida, a “felicidade” parecia depender de nossa capacidade de desfrutarmos e acumularmos mais o que era prazeroso: mais alimento, mais sexo, mais prestígio, mais poder, mais novidades, mais “amores”, mais diplomas, mais títulos, mais razão... e mais dinheiro, que nos traria mais de tudo isso! Tornamo-nos acumuladores e carcereiros/prisioneiros de tudo e todos. E, por triste ironia, afinal, tudo e todos aqui deixamos!!!

Buscando a felicidade na direção do mundo, “cuidamos” exageradamente do corpo, nos comparando sempre, guerreamos, subjugamos, nos apossamos de bens e pessoas. Sabemos cada vez mais do mundo exterior, do virtual, até do astral... Só não conseguimos, ainda, ser felizes!!! Descobrimo-nos ansiosos, frustrados, ressentidos, raivosos, agressivos, violentos, confusos... e vazios da tal felicidade!

Por que?!  Ao animal/racional parecia bastar tudo isso! “Mas com gente é diferente”!  Somos mais que um corpo e uma mente!  E a Dor desse vazio frustrante/frustrado é que nos faz continuar a buscar a Felicidade, já agora, uma nova percepção da Felicidade, em um novo patamar de nossa evolução.

            Começamos a descobrir que o Mistério Humano não se reduz a instinto e raciocínio, não se contenta com o prazer material e psicológico. Estamos em um corpo instintivo, temos uma mente criativa, mas Somos algo mais – Somos Seres Espirituais – e precisamos ir adiante se quisermos ser felizes. Precisamos seguir em direção ao que verdadeiramente Somos para desfrutarmos dos doces valores de nossa dimensão espiritual – valores que, realmente, trazem beleza e alegria à Vida.

            Precisamos mudar a orientação de nossa busca!
“Sob nova direção”, sob a direção de nós mesmos e não do mundo (das mídias mundanas) devemos ter olhos, ouvidos e coração atentos na travessia interior que precisamos fazer para nos descobrir, para nos aceitar e nos liberar das sombras doídas que o mundo nos tinha ensinado a abafar e disfarçar. E precisamos fazer essa travessia com firmeza, perseverança, paciência e bom humor, de forma amorosa, para não desistirmos. E nesse caminhar descobriremos também nossos dons de coragem, de criatividade, nossa capacidade de doar e servir... Descobriremos o melhor de nós.

O Sentido da vida nesse processo de busca passa pelo gozo, com temperança e suficiência, de nossas necessidades físicas, passa pelo aproveitamento e refinamento de nossa capacidade de pensar e criar com ética e responsabilidade e passa pelo deleite, cada vez maior, de desfrutar as alegrias das muitas faces do amor (compaixão, verdade, generosidade, ternura, cooperação, gentileza...) trazendo-nos cada vez mais um sentimento de integridade e completude – E isto é Felicidade!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

NINO : EU, VOCÊ E O TEMPO



EU,  VOCÊ  E  O  TEMPO

             Tempo... tempo... Fomos condicionados a muitos tempos. Nessa medida, já faz tanto tempo – 25 anos! Mas a mim, em mim, “parece que foi ontem”, parece que foi agora! A dor, o horror, o inacreditável... o choque da realidade que nos separou fisicamente! E tudo, de novo, me avassala, abafa e surpreende pela força atual do que aconteceu faz tanto tempo!
Eu cheguei a pensar: Será que nunca mais estaremos juntos? Mas nunca é uma negação muito comprida num universo onde tudo está em mudança e existimos para Sempre!

            O tempo é uma ilusão?!  É uma ilusão atuante, objetiva, em nossas vidas, em nossa percepção condicionada ao passado/presente/futuro. Mas, em verdade, somos seres atemporais! Existimos em todos esses tempos, existimos onde nossa mente/coração nos leva, independente dos tempos marcados.

            Faz tanto tempo... O tempo que me “curaria” de tamanha agonia (“só o tempo...”) foi passando, deixando os momentos de horror da separação mais distantes – pelo menos enquanto minha atenção ficasse distraída com as coisas do mundo. Fui-me aquietando, empurrada pelo cotidiano, tentando me perdoar por estar continuando, por estar querendo fugir da dor, por estar reaprendendo a sorrir, por tentar a cada instante distrair a mente para que ela não voltasse ao passado e despertasse o coração tão machucado.

            E o tempo foi passando... mas esse mesmo tempo que tenta me anestesiar, que tenta me distanciar do horror de nossa separação, ele mesmo me lembra quanto tempo já se passou sem nos vermos, sem nos tocarmos, ouvirmos ou falarmos, sem estarmos fisicamente juntos nessa passagem! E ele me faz lembrar que essa oportunidade que tivemos aqui, com acertos e erros, com dores e alegrias, essa oportunidade já passou... ficou no tempo. E isso dói muito, isso dói tanto! Como é cruel e terrível perceber quanto tempo já se passou sem você!


            Hoje tenho a percepção de que o tempo pode me distanciar da dor como também pode fazê-la gritar em mim. Mas descobri que existe uma dimensão mágica do tempo, a verdadeira, o Aqui/Agora. Nessa continuidade de momentos, percebida por minha mente, que é parte livre e eterna de mim mesma, eu tenho o poder de me transportar do meu Aqui para onde você está Agora. Então, aí estamos sem dor, sempre juntos, porque “Longe é um lugar quer não existe!” – e com amor, porque “O Amor é uma ponte para o sempre!”  Te amo tanto, sempre...



quarta-feira, 3 de julho de 2013

A DOR QUE NOS IGUALA


          Somos caminhantes com a mesma Origem e com a mesma Destinação. Nessa jornada, no entanto, tivemos a liberdade de tomar caminhos diferentes, com paradas e tempos diferentes. Temos crenças/pensamentos diferentes, construímos nações diferentes, classes sociais, raças, religiões... diferentes.  Nesse mundo efêmero e material, vemos como diferentes de nós os que têm mais e os que nada têm, o intelectual de grande saber e os que quase nada sabem, os poderosos e os oprimidos... Parece que tudo nos separa, que tudo reafirma sermos  só diferentes! E, por tudo que foi nos diferenciando, até esquecemos o que nos iguala!

            Desconectados como vivemos de nossa dimensão espiritual, da dimensão de Origem que nos iguala, ficamos enredados e isolados em nossas diferenças, sofrendo com elas, mas justificando-as como naturais. Existe, no entanto, uma dimensão sutil, às vezes bastante abafada, porém tangível, nesse nosso caminhar ainda tão trôpego – uma dimensão que nos toca mais de perto, onde nossa humanidade se revela mais claramente – nossos sentimentos!  Nesse nível, descobrimos o que nos iguala, o quanto somos iguais, mesmo quando tentamos disfarçar e dar nomes diferentes ao que sentimos.  Talvez mais que a alegria, a dor nos iguala... Em qualquer época, lugar, cultura... a dor da vergonha, da humilhação, do repúdio amoroso (familiar ou social), a dor da culpa que nos corrói silenciosamente, a dor das perdas (quaisquer perdas - pequenas, grandes, as irreparáveis...), a dor dos muitos medos que nos acompanham a vida inteira, a dor das decepções, das desilusões...  São infinitas as dores que nos invadem, massacram, nos moldam, nos redirecionam... e nos igualam!

No entanto, demonstramos de forma diferente a dor que nos iguala.

Somos únicas e particulares expressões da nossa mesma Origem.
Viemos de berços, culturas, classes, educações diferentes que tentam “moldar” ou nos “ensinar”, a homens e mulheres, como lidar com nossa dor.
- a dor que um grita, compartilha e chora é a mesma que talvez eu sufoque, que parece não caber mais no meu peito e, então, deixo apenas vazar dos meus olhos.
- a dor desesperada de mães/pais “simples/pobres” pela ameaça da perda do filho, para a morte ou para o mundo, é a mesma de mães/pais “ricos/estudados”, horrorizados com a mesma impotência ante o destino desses filhos.

          Tantas dores... Elas doem igual! Elas nos igualam, nos lembram que sob nossas “vestes” mundanas, somos iguais. Mas não precisamos sofrer/chorar sozinhos. Assim dói mais! Assim demoramos mais a entender o poder que a dor tem de transformar nossa soberba, arrogância, vaidade, raiva, mágoa... na Humildade que nos permite re-significar valores, nos  libertar e crescer.


A dor que nos iguala nos faz aceitar e acolher a humanidade uns dos outros. Juntos, iguais, dolorosamente igualados, quando compartilhamos, nos consolamos, nos encorajamos e mais docemente, então, caminhamos.