...Nos apegamos às coisas, pessoas, situações, posições... Nos apegamos por vínculos de sangue e pela convivência à tudo que nos marcou afetivamente de alguma forma ou que deu ou dá prazer e significado às nossas vidas. Sem em sentir, vamos nos apegando e nos deixando prender..
Nosso mundo fica pequeno, quando restrito aos nossos apegos:
objetos, plantas, animais de estimação, nossa casa, nossas lembranças(boas e
até ruins), nossas crenças, nosso orgulho, nossa vaidade, beleza, mocidade,
nosso poder, sucesso ... e as pessoas, que se tornaram, também, objetos
de nosso apego.
Num mundo em constante mudança, torna-se uma agonia tentar
manter tudo estático com nossos apegos. Temos um medo imenso de perder e ficamos
fechados à novas pessoas, ideias, situações...
Sob esse olhar, nos relacionamos com tudo que nos é caro como
objetos de posse e tornamo-nos possessivos, fechados e fechando qualquer
possibilidade de crescimento e gostosura nas relações. O medo de perder nos faz
inseguros, desconfiados, ciumentos, controladores... Os objetos de nosso apego,
aprisionados, impedidos em suas vidas e reações normais, vão transformando amor
e alegria em raiva, desamor, necessidade de fugir...
O apego nos enrijece afetivamente e mentalmente. Ficamos
presos ao passado, a um presente quadrado e repetitivo, sem quaisquer
movimentos. O apego funciona como grilhões que nos atrapalham (a todos) o
caminhar e a descoberta de novas possibilidades.
É um grande desafio buscar irmos nos desapegando de
tudo que, na verdade impede o Amor. O Amor que tudo Renova, Respeita, traz
Alegria e Liberdade! Não brigue nem se
desespere com a sabedoria da Natureza e do Tempo! São os nossos melhores
aliados na tarefa de ir desmanchando nossos apegos!... o envelhecimento e morte
dos que amamos, os filhos que crescem e vão embora, os sucessos que passam e o
esquecimento que fica, a mocidade que passa e nos leva a força e o poder sobre
o que é, afinal, passageiro... Dói tanto, mas liberta e cada vez mais poderemos
Amar sem medo!
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