Escondemos
nossos medos atrás da máscara do orgulho, num terrível autoengano, que nos faz
acreditar sermos melhores porque possuímos mais coisas e sabemos mais, temos
mais conhecimentos... Assim, analisamos, julgamos e classificamos as situações
e pessoas através dessa máscara distorcida. Só os “melhores ”e os que pensam
como nós merecem nossa maior atenção! O resto, menosprezamos!
O menosprezo é então um subproduto do orgulho e da soberba.
Olhamos o outro, mesmo que com amor, como alguém “menos”, um “pobre coitado”.
Julgamos sempre, mesmo quando sem dizer, ironizamos suas opiniões,
desvalorizamos suas atitudes, suas ideias, seus talentos, suas dores escondidas...
Praticamos
um esse tipo de bulling mental (ou não) no trabalho, na escola, em quaisquer
grupos e na Família! Do alto de nossa soberba, simplesmente não vemos realmente
o Outro. Já o julgamos e condenamos! É um ser humano perdedor, diferente, pobre
(ou não), feio (ou não), esquisito... Em
contrapartida, o menosprezado se defende fingindo indiferença ou tornando -se
agressivo ou depressivo ou se isolando para se preservar.
Há muito medo, engano, dor... nesse jogo tão cruel.
Prendemo-nos, e ao Outro, nessa visão distorcida, que nos aprisiona, nos
distancia e nos impede de usufruirmos as possibilidades melhores e mais ricas
em relações mais igualitárias e mais verdadeiras.
O orgulho/a soberba é sutil e maléfica. Ela se esconde dentro
de nós sem que percebamos...Como está meu olhar para o Outro/s?