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domingo, 19 de maio de 2019

APRISIONADOS NA MENTE



        Quando o medo nos ronda e nos aprisiona em pensamentos recorrentes de possíveis males e perdas futuros... Quando o medo pelas possíveis dores daqueles que amamos nos aperta o coração e somos tomados por flashes de desgraças... Quando a vergonha revive em lembranças insistentes das falhas que tivemos, das dores que causamos e quando a culpa nos chicoteia sem descanso... Quando a mágoa é revivida em eterno ressentimento...
       Quando os desafios do presente nos parecem sem solução e  se repetem continuamente em nossa mente, exigindo soluções que não conseguimos entrever... Quando nos defrontamos com a impossibilidade de modificar o destino e salvar aqueles que mais amamos, mas ainda assim, acreditamos que temos o dever de resolver seus impasses...        Quando tentamos e tentamos e lutamos com nossas próprias fraquezas e ainda falhamos... É porque andamos em círculos, prisioneiros de nossa mente repetitiva, de suas crenças irreais, punitivas. É porque nosso ego, nossa mente sem freios só entende de cobrança, só nos exige...
        O futuro que ainda não é, o passado que já se foi, nossas impossibilidades no momento, criam força e, quando recorrentes, repetitivas, nos esgotam, quase nos alucinam.  Ficamos mental, emocional e fisicamente esgotados. Perdemos a graça de viver, aprisionados em uma angústia sem escape... Perdemos a força, a pressão interior, que pode nos fazer prosseguir. Cansaço, depressão... Ficamos à  deriva na vida, perdemos o comando de nossa mente, de nós mesmos.
         Quando isso acontece, me resta aceitar minha impotência ante minha mente desgovernada nesse  meu momento. Só uma instância superior à mente e ao ego, poderá me trazer a força perdida, só ela poderá acolher meu medo, meu desespero, minha agonia... É a instância Espiritual. Afinal, acima das dimensões física, emocional e mental existe a dimensão espiritual!
           Entrego-me, então, a um Poder Superior de pura Sabedoria e Amor que existe nessa dimensão. Com a humildade e aceitação trazidas pela dor, com a insistência de quem quer libertar-se, mantenho contacto, busco uma doce sintonia através da oração, e  Entrego-me a Deus! Faço a outra parte, também, olhando e ocupando-me com todo um mundo vivo e sagrado que está acontecendo à minha volta. Ante a persistência na Entrega e na Ação, a prisão vai- se rompendo e vou redescobrindo a liberdade de Viver.  


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