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domingo, 5 de maio de 2019

EM BUSCA DA ÁGUA



        Vivemos tempos de aridez e secura. Em meio a contínuas lutas e disputas, externas e internas, aprendemos a estar sempre em defesa, prontos para ataque, e assim ... nos ressecamos. Como uma terra hostil e árida, perdemos nossa umidade e doçura, engrossamos nossa pele, nossa fala, tudo racionalizamos e criamos espinhos... Como um regato abafado pelas muitas pedras defensivas, perdemos cada vez mais a conexão com nossa Fonte de Origem...
        Sob a armadura do ego, resistimos, atentos uns aos outros, esperando o pior, nos preparando para o “troco”. Resistimos, mas em nossas vidas secas estamos sequiosos de carinho, ternura, compaixão, companheirismo... Estamos sedentos de sorrisos ternos, de gentilezas, de olhares desarmados...  e cansados de fechar o peito, os punhos e o rosto.  Queremos relaxar, sorrir, abraçar, amar, sem posse e sem medo!
        Essa é a Água pela qual tanto anseio! A Água que pode aplacar minha sede, que pode inundar minha alma e meu Ser! Quiz tanto  buscá-la lá fora! Queria que viesse dos outros, desse mundo,  também ele, tão árido e sofrido... Não deu certo! Só colhia frustrações e mais me encolhia e defendia...
         Estou aos poucos entendendo que preciso ir retirando minhas armaduras, retirando as pedras com que tento me defender, para ir chegando ao “olho dágua”, à minha Nascente de Origem, de onde me virá força e paciência, para, eu mesma, reaprender a sorrir com tolerância, a aceitar e curtir com as diferenças e os diferentes,  a escolher ver tudo de bom e belo que a Vida está me oferecendo todo o tempo ( nas pessoas, nos animais, na natureza em geral...) Aos poucos, acredito que o terreno à minha volta se tornará mais fértil.
         Quero cuidar de mim com toda a alegria e gentileza que busquei  fora! Quero escolher trazer Água para minha Vida...

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