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terça-feira, 20 de agosto de 2019

TODAS AS RELAÇÕES DERAM CERTO !



         Relações que se acabam... Elas deram errado? Iniciamos uma relação (qualquer relação) desejando e sonhando que elas “darão certo”, que o tempo nos congelará no que é bom e, assim, seremos felizes para sempre. Vemos, então, as relações como possibilidade de puro deleite.
         Mas isso não acontece! Através do tempo, elas se modificam, se desgastam e até se acabam! Se elas deram errado, quem foi o vilão? E quem foi o mocinho? Sofridos pela dor da saudade, da separação, da perda dos sonhos e fantasias, nossa percepção se distorce com a mágoa, a raiva, a frustração, a culpa, a vergonha... Remoemos e revivemos infinitas vezes nossa história, sempre com um mesmo vilão – eu ou, quase sempre, o Outro.
 Prometemos a nós mesmos buscarmos novas relações, mas com as premissas antigas e fixados pelo mesmo olhar, as relações poderão ser novas? É importante nos darmos um tempo para podermos rever nas relações antigas os nossos papéis e atitudes. É importante aceitar que todos fomos o que conseguimos ser, para o bem ou para o mal.  É importante ir revendo e revisando com mais maturidade as nossas histórias para não ficarmos aprisionados no passado, repetindo sempre, com amargura e ressentimento, “Não deu certo”!
         Na verdade, conforme nos convida E. Dufaux para reflexão, tudo deu certo, porque cada encontro e relação que tivemos cumpriu sua função em nosso caminhar. Olhando para mim (e não para o Outro), cada relação me fez amar, sonhar, desiludir, sorrir, sofrer e... ressignificar o Amor. Na dor, descobrimos aspectos escondidos de nossas crenças, de nossos sentimentos, de nossas atitudes. Só na relação com o Outro poderemos ver claramente, sem martírio, como somos ou como fomos.
         Não posso voltar ao passado e modificá-lo! Não poderei modificar meus eventuais parceiros ou amores de qualquer tipo, mas poderei entrar em novas relações com um maior conhecimento de mim mesmo, do que quero e do que posso, e com respeito ao mistério que é o Outro.
         Se estivermos abertos, despertos, atentos... poderemos agradecer àqueles que contracenaram conosco (bem ou mal), entendendo que tudo sempre “deu certo” obedecendo ao propósito maior de Deus para nosso crescimento.    

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