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terça-feira, 15 de outubro de 2019

OBSERVANDO AS CRISES





        As crises nos chegam com os novos desafios com que nos defrontamos. Elas se apresentam quando somos impactados com o “novo” em nossas relações com o mundo, com nosso corpo, com nossas crenças/certezas.  Algumas situações são novas, de perdas e ganhos, como falências/heranças, doenças, nascimentos e mortes...  Elas nos solicitam atenção, flexibilidade, adaptação à nova realidade. Mas outras, estão há muito anunciadas, apenas se repetindo, aumentando de intensidade, empurradas pela nossa dificuldade de tomar atitudes, de abandonar sonhos e encarar a realidade, de estabelecer limites, de procurar novas soluções...
        É importante analisar as crises que nos envolvem, entender nosso papel nelas, em vez de agirmos de modo irrefletido, como uma folha solta na tempestade, reagindo emocionalmente, nos defendendo e atacando ou fugindo para o conforto do conhecido, rezando para tudo se acomodar... aguardando uma próxima “onda”.
        Nessa repetição tão doída, que tanto nos machuca, podemos, com um mínimo de distanciamento, observar... Como cada um de nós reage? É uma surpresa ou nos faz entender melhor quem somos nas relações? Como cada um de nós reage ao medo que as crises detonam em nós? Somos ansiosos, agressivos, omissos, lamurientos, acusadores? Tomamos partido, incitamos uns aos outros à luta, buscamos apaziguar para buscar soluções possíveis ou tentamos, apenas e sempre, minimizar comportamentos inaceitáveis? Cedemos, finalmente, de qualquer forma, para evitar qualquer tipo de mudança de atitudes?...
        Quando consigo guardar algum distanciamento emocional e observar, aprendo sobre os outros e, principalmente, sobre mim. Como Eu estou nas minhas crises? Sem me acusar ou brigar comigo, posso me observar - Por que reajo assim? O que me move ou paralisa? Os meus porquês...
        Não posso saber totalmente sobre os outros, nem modificá-los, mas posso ficar um pouco mais consciente nas situações de crises que nos envolvam e que, provavelmente, se repetirão.  As crises funcionam como um “sacode” para nos fazer sair do conforto de nossas “certezas” ou da agonia e cegueira de nossos medos. Elas tentam nos fazer “pegar no tranco”. Melhor estarmos atentos, com cabeça e coração abertos, para agirmos  de modo mais amadurecido e mais assertivo, com os outros e conosco mesmos...

         

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