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terça-feira, 18 de junho de 2019

PERDOAR A NÓS MESMOS




         Em nossa caminhada pela vida, falhamos, falhamos e falhamos... Falhas pequenas, deslizes, e outras imensas, chocantes, “imperdoáveis”! Algumas que nos prejudicaram, outras que atingiram outras pessoas... Muitas vezes erramos porque acreditávamos ter a obrigação arrogante de perseguir a perfeição, outras porque nos acomodamos ou nos acovardamos, outras ainda, porque nos arvoramos em ser Deus, querendo decidir o destino de quem amávamos, ou ainda,  porque, sucumbindo  às nossas carências e à força de nossos desejos, atropelamos pessoas, descuidamos dos mais frágeis ...
         Enfim, erramos. E quando conseguimos admitir nossas falhas, tendo um despertar de nossa consciência, nos vimos prisioneiros do passado, na agonia do remorso.  Acreditamos, então, que merecemos essa eterna punição, que nos faz ficar  remoendo o erro, com dor, vergonha, culpa... Acreditamos estar, assim,  sendo humildes e piedosos,  sem perceber que estamos sendo orgulhosos e arrogantes, porque, afinal,  podemos até perdoar aos outros, pessoas comuns, nas não a nós mesmos! O remorso é uma contínua punição, como uma vingança que merecemos sofrer muito por ter falhado tanto!          Sem perdão!
         E ali ficamos, encalhados no remorso, até entendermos que, perdoar é, antes de tudo, aceitar com humildade, que somos falíveis, que somos seres ainda em construção. É aceitar que o passado não volta para ser consertado, mas o presente existe, como um aval de Deus acreditando em nós, para buscarmos ser melhores.
         Com a humilde aceitação do que fomos, do que conseguimos ser no passado, podemos abandonar o remorso destrutivo e estéril e substitui-lo pelo arrependimento que nos liberta para a responsabilidade de construirmos um caminho mais consciente e consistente com o aprendizado que tivemos através dos erros.
         Lembrar dos erros e falhas, sempre vai doer, mas não é sadio ficar remoendo a dor! Desse passado basta-nos, com humildade, o aprendizado contínuo de quem fomos, de quem somos, do que podemos ser nesse eterno caminhar. O perdão a nós mesmos é aceitação do passado, torna-se uma libertação!   Mas, preciso entender que, também ele, é um processo dentro de nós.

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