Inadequação
é o sentimento de não pertencimento ao lugar, ao próprio corpo, à sociedade, à
sua época, aos grupos onde esteja. Sentimo-nos diferentes (para melhor ou
pior), não acolhidos, não entendidos, não aceitos... Dessa percepção nos advém uma sensação de isolamento, de rejeição,
de desamor, de desvalor...
Ela
não é percebida pelo mundo e não compreendida, muitas vezes, até por nós
mesmos. Afeta a nossa autoimagem e nossa autoestima, enfraquecendo-nos muitas
vezes para os desafios da vida, principalmente em fases de transição como
adolescência, mercado de trabalho, mortes, divórcios...
Percebendo-nos inadequados, reagimos algumas vezes tentando
nos ajustar aos moldes dos grupos, mesmo à custa de nossa personalidade ou
desejos ou, ao contrário, tornamo-nos reativos, críticos e agressivos. E o mundo, insensível, não percebendo essa
dificuldade, ou aproveitando-se dela, tende a forçar uma “adequação”, mais
cômoda aos grupos, ou a reforçar a agressividade dos diferentes revidando com
críticas, ironias...
“A inadequação é uma dor silenciosa” HD, pois que está
carregada de solidão, rejeição, isolamento...
A solução não está na submissão total ou na reação ao externo,
ao social, mas buscar um olhar mais interior. Preciso aceitar minhas naturais
inseguranças frente a desafios novos, mas valorizar minha singularidade,
reconhecer meus talentos únicos, meu estilo de ser, fortalecendo assim minha autoimagem,
minha autoestima para ir superando as dificuldades.
Também preciso
entender que para Pertencer a grupos devo,
todavia, me adequar às regras básicas de respeito para o convívio, sem abrir
mão de quem sou.
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