Já se disse:
“O momento da decisão é o mais solitário da vida humana”. E também o mais
difícil! Sentimos tanta dificuldade porque queremos saber, de antemão, qual a
decisão perfeita, aquela que vai “dar” certo no futuro!
Somos assediados
por pensamentos que nos remetem ao passado e às nossas crenças, pensando sempre
no futuro e as decisões têm que ser tomadas no presente! Esses pensamentos, que nos prendem a tempos
diferentes, nos confundem e nos tornam medrosos e inseguros. Será essa decisão
a melhor? E se eu me arrepender depois? Queria ter garantias, e elas não
existem! Não podemos ver o futuro, não poderemos retroagir no tempo para
acertar... Devo decidir me priorizando sobre os outros? Decidir sobre o que
quero e o que posso? Nossas crenças nos cobram diferente... Somos sacudidos entre desejos, obrigações,
possibilidades... Como decidir?
E as
decisões que precisamos tomar sobre os Outros – pessoas amadas, crianças,
jovens, idosos... e animais? Essa outra responsabilidade ainda mais nos agonia...
Devo? Posso? Minhas decisões muitas vezes se sobrepõem às escolhas ou desejos
deles! Decidir sobre cirurgias ou tratamentos de alto risco, sobre a eutanásia
em animais queridos e em grande sofrimento, sobre separações em família, sobre
abandono... Devo? Posso? Quanto medo! Quanta culpa já antecipada!
Podemos
ouvir várias opiniões, querendo talvez dividir responsabilidades, mas o momento
da Decisão é de cada um, é absolutamente solitário!
Que nos
console saber que não existe decisão “perfeita” para um futuro perfeito. O que
podemos fazer é não tomarmos decisões de forma intempestiva, em momentos de
forte emoção e confusão. É meditarmos e buscarmos força e orientação de um
Poder Maior e Amoroso. É analisarmos com calma, sem idealizações ou
expectativas, o que, naquele momento, nos parece ser o melhor para os
envolvidos. E os desdobramentos de nossas decisões estarão aí para lidarmos com
eles no processo infindo da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com
Obrigada por sua participação.