Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

DESCULPAS



          Somos seres “escorregadios”. Temos dificuldade de encarar a realidade, a verdade sobre nós mesmos, quando ela se apresenta em nossos pensamentos, emoções e atitudes diferentes do que desejávamos ou acreditávamos ser o correto. Num diálogo interior, ou não, tentamos nos livrar de toda “culpa”, criando Desculpas. 

          Desculpas para explicar nossos porquês, desculpas para “justificar” o injustificável, desculpas para acusar os outros, desculpas para não nos vermos.

         Essas constantes desculpas nos mantêm no autoengano, nos mantêm afastados do que somos, nos mantêm no eterno papel de vítimas, nos tiram a responsabilidade sobre nós mesmos, sobre nossa história, sobre as possibilidades de nosso caminhar.  

         Desculpas traduzem medo de descobrir, de assumir quem somos, impossibilitando nossas mudanças. Traduzem também o medo de nos responsabilizarmos por nossos papéis dentro das relações. Elas nos mantêm acomodados para nada fazermos, para não participarmos dos trabalhos e dores à nossa volta. Desculpas nos levam a justificar agressões, revides, defesas, mentiras, manipulações... Elas encobrem nosso orgulho, vaidade e arrogância de pessoas perfeitas, que não falham, que nada têm a se modificar...  Servem como uma cortina de fumaça, uma neblina, que nos tolda a visão de nós mesmos e dos fatos e nos fazem passar pela vida como cegos, tateando nas relações, nos protegendo, e ao engano...

          Muitas vezes já conseguimos reconhecer nossos erros e nos dispusemos a pedir desculpas aos outros.  E como é difícil! Pedimos desculpas meio às escondidas e, ainda assim, tentando, ao mesmo tempo, nos explicar e justificar!   Mas, com atenção e perseverança, um dia de cada vez, conseguiremos coragem para sermos simples e verdadeiros, podendo ir nos libertando dessas “defesas”. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com

Obrigada por sua participação.