Muitas vezes usamos os termos como
sinônimos, mas, na verdade, em nossas
relações, têm significado bem
diferentes.
Facilitar, como o nome diz, é tornar
uma tarefa ou um desafio mais fácil para o Outro. Acontece que aprendemos,
crescemos, nos fortalecemos, adquirimos auto confiança... no enfrentamento dos
desafios, pequenos ou grandes, que a vida nos traz. Quando interferimos nesse
processo dos outros, estamos atrapalhando, desqualificando-os, “dizendo-lhes”
que sozinhos não conseguem... Criamos
dependência, preguiça, acostumando-os a buscarem sempre a “zona de conforto”...
Em nossas relações mais próximas
tendemos a ser grandes facilitadores! Temos a crença distorcida que, por amor,
podemos e devemos invadir a vida do Outro, dar a nossa orientação aos seus
pedidos de socorro, resolver seus problemas, facilitar...
No afã “amar”, por medo de sofrer com
suas dores e consequências de suas escolhas, querendo ser amado e valorizado em meus “cuidados”, não
percebo o quanto curto exercer meu poder, meu controle sobre o Outro,
roubando-lhe o poder sobre sua própria vida. Quanto mais insisto nessa relação
de laços doentios, de manipulação e jogos de culpas e sacrifícios, mais o
fragilizo e nos escravizamos. Tornamo-nos codependentes na vida, meias pessoas
– um aleijada/uma muleta.
Atenção! Estabelecemos essa distorção
em nossas relações desde a infância! Uma facilitação precisa ser eventuall,
só uma gesto de carinho e brincadeira!
Ajudar é completamente diferente,
porque está ligado ao Respeito ao Outro.
Ajudar não invade! Espera um pedido e uma permissão para servir. Ajudar sempre
incentivando o Outro a persistir, garantindo-lhe seus progressos... Quando solicitado, compartilharmos nossas
dificuldades humanas, trocarmos ideias, com igualdade...
Quando distantes, reconhecendo a
necessidade maior de uma pessoa ou de um grupo, ajudar é fazer uma escolha em participar, materialmente
ou não, por compaixão, justiça,
generosidade e solidariedade.