Ainda temos
muita dificuldade em AGIR; em simplesmente Agir. Nos movimentamos, mental,
emocional e fisicamente quase sempre em Reação às provocações do mundo, ao que
o mundo nos ensinou ou ao que o mundo espera de nós. Não Agimos, apenas,
Reagimos.
Trazemos em nós, muito forte e
instigado pelo medo, o instinto de sobrevivência individual e grupal. Reagimos
às ameaças do meio, da natureza, e às ameaças às nossas necessidades
psicológicas de afirmação e valorização, dentro dos grupos onde vivemos. Assim,
desde sempre, estabelecemos relações de luta, de dominação e poder uns com os
outros. Ainda guiados pela força, pela mente, pelo ego, nos comparamos, nos selecionamos,
nos discriminamos, em relação às nossas raças, religiões, ideologias... Qual a
melhor, a mais bonita, mais forte, mais inteligente? Qual a mais certa, mais
verdadeira, mais poderosa?
Sob essa ótica, nesse desejo de
sobrepujar e nos impor, nós dominamos ou somos dominados, em relações de abuso
na Família, na Sociedade, entre Nações. Quem pode, domina, explora, abusa... Mas
provoca sempre Reações de raiva, ódio, mágoa, desejo de vingança,
revanchismo... Tudo “justificado” pela
provocação abusiva inicial. “Vítimas” tornam-se vingadores e tudo se repete
numa cadeia sem fim de abusos e desamor.
Como sair desse carrossel de egos e
“justificativas” de ódio, que nos aprisiona numa vida tão feia, difícil, em eternas
mágoas, desconfiança e raivas? Afinal. essas emoções nos envenenam e consomem, nos
fazendo sempre sentir e reagir como injustiçados ou justiceiros!
É importante entender que, ao
reagirmos, perdemos o poder de pensarmos livremente, de analisarmos nossas
emoções, de escolhermos com Liberdade e Justiça como agir. Perante abusos e avanços de fora, precisamos
estar centrados em nossos propósitos, orientados por nossos valores de
Respeito, Verdade, Justiça (sem vingança), Cooperação (sem submissão)... Precisamos
aprender a sermos Assertivos nas relações, Firmes e Honestos nas questões...
Ao Agirmos dessa maneira, resguardamos
nossa Liberdade de escolha, não nos violentamos e criamos condições mais sadias,
respeitosas e confiáveis em nossas relações num mundo ainda tão reativo e
desamoroso.