Como é difícil! Olhamos sempre para fora, analisando, avaliando, nos comparando e nos defendendo! Esse é um
olhar para o mundo que aprendemos a julgar conforme nossas crenças, nossas
experiências, nossos interesses. Na verdade, é uma observação pobre e
superficial pelo pouco que conhecemos das circunstâncias , das coisas e das
pessoas.
Mas, a observação que pode nos enriquecer, nos levar a
descobertas e libertações, é ousarmos, corajosamente, observar a nós mesmos!
Observar nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas reações à pessoas, à
natureza e às situações. É olhar para
dentro e para ir descobrindo um mundo novo! Um mundo desconhecido e desafiador,
numa viagem que pode se incrível, diferente e certamente libertadora. Ela nos tornará senhores de nós mesmos.
Contudo, temos muito medo de descobrir o quanto, e tantas
vezes, ainda somos movidos por nossa humanidade imperfeita e nos revelamos
vaidosos, orgulhosos, egoístas, antiéticos, mesquinhos, invejosos,
arrogantes.... São aspectos escondidos dentro de nós mesmos, atuando até nas
nossas relações mais íntimas e queridas.
Envergonhados, horrorizados, tentamos nos defender ante nós
mesmos e justificar situações, sentimentos, pensamentos... Isso acontece porque nos observamos julgando
e condenando, sem amor, sem
generosidade, sem perdão, sem aceitação! Assim, a viagem torna-se uma luta, uma
disputa entre o que sou e o que eu acredito que devia ser ou queria ser!
Observar sem julgar, é apenas a oportunidade de ir entendendo e descobrindo
quem sou e porque sou. É observar
criando um vínculo amoroso comigo mesmo e uma intimidade com aceitação e
respeito, trazendo a humildade que gera força
e possibilidade de nos modificar para sermos mais livres e amorosos em nossas relações com a vida.