Nossas
escolhas trazem consigo perdas e ganhos. Renúncias são a parte da escolha do
que abrimos mão. Ainda que muito dolorosas, as renúncias representam uma “perda consentida”, uma perda escolhida. São forças maiores
e poderosas aquelas que, dentro de nós, comandam nossas escolhas. Forças e
valores sociais, tradicionais, religiosos, que pressionam nossa humanidade,
nosso interior cheio de medos, inseguranças, vaidades, orgulhos... E desse
embate surgem nossas escolhas – e nossas renúncias.
Escolhemos, em algum momento, renunciar a algo que entendíamos ser nosso dever, que amávamos, que desejávamos, que de alguma forma nos tornava mais felizes. Mas o fizemos por uma necessidade, por um ganho que se revelou ainda maior, ou melhor, para nós. Renunciamos para ter “ganhos”: materiais, sociais, amorosos, espirituais... Renunciamos por grandeza ou covardia, mas renunciamos por responsabilidade e escolha nossa. É importante termos absolutamente claro para nós, que renunciar foi/é uma escolha nossa. As pressões que sofremos são muitas vezes terríveis, injustas, desumanas, mas não nos tiram a responsabilidade de nossas escolhas. Quando as razões da renúncia se tornam claras para nós, mesmo doendo, ela nos alimenta, porque entendemos que estamos recebendo, ou nos nutrindo, de algo maior do que aquilo que cedemos.
Escolhemos, em algum momento, renunciar a algo que entendíamos ser nosso dever, que amávamos, que desejávamos, que de alguma forma nos tornava mais felizes. Mas o fizemos por uma necessidade, por um ganho que se revelou ainda maior, ou melhor, para nós. Renunciamos para ter “ganhos”: materiais, sociais, amorosos, espirituais... Renunciamos por grandeza ou covardia, mas renunciamos por responsabilidade e escolha nossa. É importante termos absolutamente claro para nós, que renunciar foi/é uma escolha nossa. As pressões que sofremos são muitas vezes terríveis, injustas, desumanas, mas não nos tiram a responsabilidade de nossas escolhas. Quando as razões da renúncia se tornam claras para nós, mesmo doendo, ela nos alimenta, porque entendemos que estamos recebendo, ou nos nutrindo, de algo maior do que aquilo que cedemos.
Muitas vezes carregamos o peso e a dor de renúncias, porque,
acreditamos, tenham elas nos sido impostas pela sociedade, pelo destino, por
Deus! Dessa forma, nos sentimos vítimas, ficamos magoados, ressentidos,
amargos, com aqueles que nos “impuseram” aquela perda (pessoas, sociedade, a
vida). E, eternamente, cobramos... Na verdade, algumas circunstâncias nos
pressionaram ao extremo – pressões morais, sociais, de gênero, de raça...
Pressões que nos fizeram pensar que não tínhamos escolha... Como abrir mão de
sonhos, carreiras, oportunidades, riquezas, amores...? Como resistir à força, à
injustiça, à maldade? Nossos medos, nossa fraqueza naquele momento, nossa humanidade,
não nos deixaram muitas vezes enfrentar todo esse peso e acabamos por renunciar
ao que achávamos certo. Mas, mesmo assim, mesmo muito difíceis, ao fazer nossas
escolhas, a responsabilidade foi nossa e obtivemos algum tipo de “ganho”.
Quando revemos nossa história, podemos hoje ter uma nova
leitura de nossas renúncias - do que nos
privamos e do que não quisemos (ou não conseguimos) nos privar. É importante
entender e aceitar o que pudemos ou não pudemos fazer. Quando hoje me sentir
pressionada entre o desejar e o dever, posso entender que uma renúncia amarga
traz em contrapartida a doçura do que nos parece mais de acordo com nossos
valores e amores.
No entanto, convém nós
atentarmos que a renúncia absolutamente constante, auto punitiva, forçada, rígida...
aos nossos gostos e desejos, por um ideal de dever, sem a humildade de
consultar nossas possibilidades, pode nos levar a uma “santidade” amarga, vaidosa,
enganosa, que cobra de todos uma escolha
que foi nossa.... Talvez ainda não tenhamos grandeza suficiente para tanto.Renúncia é escolha. Não é
apenas uma negação para nós, mas também uma abertura a novas possibilidades. Só nos exige Honestidade, Humildade e
Coragem.
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