Desde que nascemos construímos os vários aspectos da imagem
do que somos e que mostramos ao mundo: pais, família, companheiros, amantes,
amigos... Qual imagem agradaria mais? Qual a mais necessária para sobrevivermos no
mundo onde estamos? Ao mesmo tempo, essa imagem também se fortalece em nosso
interior. Mesmo sendo uma
fachada, acabamos assimilando e acreditando nela como o retrato verdadeiro e
definitivo de nós mesmos. Através dessa imagem, forte ou frágil,
interagimos com o mundo, construindo nossas relações, quaisquer relações,
afetivas ou não.
Mas, como a vida é movimento,
não podemos mantê-la intacta para ficarmos escudados nela. Situações de toda
ordem, alegres ou tristes, nos desafiam e acabam por revelar aspectos
diferentes do esperado. Assusta-nos, machuca-nos, desequilibra nossas relações,
mas não tem jeito! É a Vida passando e nos arrastando – são doenças, decepções.
fracassos, o tempo passando, nos modificando e envelhecendo, a perda do poder,
do sucesso, a vergonha, a vaidade humilhada, a impotência, a dependência...
Contudo, arrastada por esse
turbilhão de desafios, ver e sentir o estilhaçar de nossa Imagem Interior,
aquela que nós acreditávamos ser o nosso verdadeiro eu, é o que mais nos
desestabiliza. Como dói sermos confrontados com esses novos aspectos de nós mesmos
É a Vida a nos obrigar a reconhecer que não era totalmente verdade aquela
Imagem Interior!
É um reaprender a nos ver, a
nos aceitar, a nos cuidar e amar. Serão medos, covardias, fraquezas,
humilhação... mas também novas forças, coragem, humildade, gratidão... E fé Naquele que nos ampara nesse doído
despertar. Serão novas imagens que estaremos
construindo para nós mesmos e para o mundo, e agora sei que serão, também essas,
Imagens Passageiras ...
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