Humildemente, rogamos a um Poder Maior de Puro Amor que nos libertasse de nossos defeitos, de nossas imperfeições... (Sétimo Passo dos Anônimos)
Eu sofria muito com situações difíceis e dolorosas que aconteciam à minha revelia com as pessoas que amava e me irritava demais com as que não amava! Queria consertá-las para um mundo “melhor”, mais justo e mais verdadeiro. Acreditava firmemente ser meu dever de familiar e cidadã, por amor, acordá-las para meus valores, minhas verdades. Tentei sem descanso combater seus defeitos e imperfeições, massacrando nossas relações, afastando-os com manipulações, cobranças, críticas, agressividade... Magoei-os, senti-me magoada e fracassada, revoltei-me, quando não consegui modificá-los. Humilhada pela teimosia deles, rogava a Deus, mais poderoso, que fizesse um milagre neles!
Custei a reconhecer a minha impotência e mais tarde minha arrogância, minha soberba e presunção em crer, equivocadamente, que devia dirigir o destino dos outros e também orientar Deus nessa função!
Ainda estava humilhada, quando entendi que precisava olhar os “meus” defeitos, minhas características negativas de caráter, para ser mais livre e me relacionar melhor. Com timidez e ainda bastante defendida, comecei a olhar para mim mesma, para minhas crenças, meus sentimentos, minhas atitudes, minhas escolhas, no firme propósito de me modificar. Mas, com minha natural soberba, vaidade e arrogância, achava que, agora, tudo se resolveria, já que estava começando a me entender melhor e sabia o que fazer em mim.
Comecei o processo com boa vontade. Parecia que seria simples, na medida em que eu reconhecia e entendia que devia me modificar. Mas me vi, ainda tentando defender meus defeitos, justificando-os, custando a modificar-me nas novas situações. Fiquei humilhada ao reconhecer estar repetindo novos e antigos erros. Lembrei do quanto critiquei a fraqueza dos Outros. No confronto com as dificuldades com minha humanidade, passei a entender melhor a humanidade deles.
Do orgulho que me levava à humilhação fui lentamente descobrindo a Humildade. Da arrogância em julgar e criticar, fui descobrindo a igualdade entre nós... De minhas fraquezas e dificuldades tão humanas, fui aceitando e buscando a orientação, o acolhimento, o consolo, de um Poder Maior de Puro Amor...
Humildemente, rogo a esse Deus de Paciência, Gentileza, Compaixão... que me ajude no propósito de minha vida – libertar-me dos defeitos que me prendem e me arrastam a lutar, a sofrer e fazer sofrer...
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