Por que
curto tanto sofrer assim? Detesto tanto os amargos e amarguras, espinhos e
queimaduras, mas vivo revivendo o que me espeta, me queima, me sangra, me
horroriza...
O passado,
certo ou errado, bonito ou feio, ficou perdido no tempo, mas eu o revivo a todo
instante, cada vez que fico remoendo os momentos já sofridos: perda
(distanciamento) de pessoas que tanto amava, traições, decepções, ingratidões,
desprezo, abandono, agressões verbais, físicas... Mesmo que eles tenham trazido um aprendizado
necessário (mas não desejado) hoje eles são passado, não preciso sofrê-los
eternamente...
E o futuro, com
suas infinitas possibilidades? Por que me apego às mais terríveis e dolorosas?
Por que fico remoendo as que mais me assustam, me apoiando em memórias
negativas?
Saborear o
amargo é uma escolha nossa! Será uma autopunição que eternizamos pelo
pensamento preso ao passado ou uma preparação para lidarmos com dores futuras? Será uma teimosa forma de nos mantermos
“aquecidos” para tomar atitudes de revide, uma forma de não revermos nossa
parte nas questões? Tantos porquês... Só preciso atentar para a verdade,
reconhecer, que esse remoer doentio de
lembranças e de possibilidades horríveis é uma triste escolha minha!
Minha mente
desgovernada, mal habituada e mal orientada me carrega para esses abismos de
dor, raiva, mágoa, ressentimento... Eterniza
desencontros, brigas, relações estremecidas que me paralisam na vida... Mas não
sou vítima inocente dela! Sou a responsável por onde coloco meus pensamentos!
Sou responsável por tirá-los do passado e do futuro e trazê-los para o Agora,
onde está meu poder de ação e de melhores escolhas.
Faz parte da
construção de minha auto estima o cuidado, gentil e generoso, comigo... Preciso
de muita paciência e persistência com minha mente tão mal acostumada para ir
cortando esses pensamentos, sempre e a toda hora, que me assaltem,
substituindo-os pelo sabor dos que me trazem alegria, aceitação, gostosura,
serenidade...
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