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sábado, 11 de dezembro de 2021

P O D E R

 


          Poder, Potência, Superpotência, Impotência...

         Somos ínfimas centelhas de um Poder Superior de Puro Amor e, talvez por isso, somos tão fascinados pelo Poder.  Contudo, tão primários ainda somos, que só sabemos percebê-lo e usá-lo, através de nosso ego.

         É um poder materialista! Obcecados, buscamos senti-lo e saboreá-lo no Mundo, através do Sucesso, que nos fascina e traz aplauso; da riqueza e do status, que nos valorizam; da força que subjuga... Buscamos exercê-lo em família, nas igrejas, no trabalho, nas sociedades... Queremos sempre mais poder!  Na luta por empoderamento se massacra os fracos, os simples, os submissos, os injustiçados...    É uma luta constante para demonstrar nossa potência e até nossa “superpotência”, nossos super poderes, que parecem gritar ao mundo “Ei, eu existo”  ou “Sou mais e melhor “Eu mando, você obedece!” “Eu Posso!”

Cuidado ao lidar com o poder através do ego! Ele se justifica nas “crenças”, no abuso, no egoísmo e nos torna soberbos, vaidosos, arrogantes, insolentes, esnobes, prepotentes...mesmo nas nossas relações mais próximas e queridas.  Mas, a Vida num processo que busca nosso equilíbrio, humildade e crescimento, acaba por nos confrontar com nossa Impotência ante situações de perdas irreversíveis, materiais, afetivas, morais...

Nosso ego vai aprendendo então que nosso poder maior é para ser exercido conosco mesmos. Aos Outros, podemos dominar, subjugar seus corpos e seus caminhos, mas não temos o poder de realmente modificar seu pensar seu sentir, suas escolhas. Podemos, pela força, dirigir sua vida, mas não podemos impedir sua morte, suas dores, suas perdas...

Esse confronto com nossa impotência ante o mundo e o Outro, vai abatendo o poder de nosso ego, ainda que com muitas lutas, raivas, “inconformações”, teimosias, dores, humilhações... Vamos aprendendo a nos conectar com um outro Poder, Superior, Espiritual, que nos fortalece, nos consola, nos ampara, tanto nas alegrias quanto nas dolorosas causas, apontando sempre caminhos mais justos e respeitosos para nós mesmos e para nossa vida de relação com o mundo.


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