Desde a
infância reagimos com a teimosia às ordens e regras que nos eram impostas pelos
adultos. Queríamos fazer tudo do nosso modo e reagíamos com zanga, raiva,
desobediência e teimosia. Conforme crescemos, mesmo contrariados, aprendemos a
acatar interdições e, mais amadurecidos, até a ouvir, refletir outras
possibilidades, mudar concepções e comportamentos. Mas nem sempre é assim! Muitas vezes ficamos
congelados nas reações infantis da teimosia.
Alguns, com a característica das personalidades orgulhosas e
vaidosas reforçam a teimosia. Por temperamento e/ou criação na família foram neles
reforçados o orgulho e a vaidade. Foram vistos e ditos como as “joias da coroa”
da família, incensados, supervalorizados... Eles ficam emparedados em suas certezas, em sua
superioridade intelectual, de beleza, de berço, de riqueza e nada ouvem de
diferente. Teimam sempre nas mesmas verdades, têm dificuldade de refletir e são
reativos a qualquer sugestão de mudança.
Outros, na maioria até carentes de atenção, menosprezados ou
não bastante valorizados pelos grupos onde vivem ou atuam, tornam-se teimosos
ou reativos por necessidade de afirmação e validação. Também ficam presos na
armadilha da teimosia pelo “natural” orgulho e vaidade pisados ou espezinhados.
Não agem, só reagem, surdos e teimosos, na família, no trânsito, em tantas
situações...
Existem os teimosos disfarçados, que fingem ouvir ou repensar
outras possibilidades, mas apenas para não expor suas opiniões, seu modo de
pensar. ”Entra por um ouvido, sai pelo outro”...
Na verdade, todos temos momentos de teimosia! É importante
avaliar em cada caso, se a teimosia já está virando uma característica costumaz
ou se em determinadas situações tornamo-nos teimosos e obstinados em agir de
uma determinada maneira. É importante nos observar, porque a teimosia mantém
nosso olhar, nosso pensar/sentir congelado e nossas reações nas relações emparedadas. É no ouvir, no compartilhar, que podemos
refletir, ponderar, crescer e, livremente, fazer melhores escolhas.
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