Somos seres
grupais (família, etc..) e, como só aos poucos vamos aprendendo a SER,
precisamos dos outros, para nos espelhar,
para referenciar, para nos amar e, principalmente, para nos validar, para
sentir e acreditar que Eu Existo.
Sob esse aspecto, buscamos mais valorização do que de Amor!
Temos muito medo de sermos esquecidos, ignorados, não ouvidos, desvalorizados...
De não sermos vistos, falados,
apreciados, elogiados, valorizados, aplaudidos..., O que era um medo infantil
de desamor, assim como a alegria encorajadora do elogio, muitas vezes perde o
equilíbrio e transforma-se numa necessidade doentia de aprovação dos outros.
Todos somos, em maior ou menor intensidade, carentes de
elogio e do aplauso, da afirmação e reafirmação de nosso valor. Mas precisamos
ter cuidado, estar atentos a nós mesmos para reconhecer quando reagimos com excessiva
timidez para esconder o medo de aparecer mal ou com pouco brilho; ou com
exibicionismo, chamando a atenção das pessoas para nossa “generosidade, virtude
e religiosidade”, ou pelo mais saber; ou quando nos tornamos mentirosos para
fugir da vergonha do desvalor de nossas atitudes ou de nossa história; ou quando
somos os contadores de vantagem, de poder e prestígio, buscando aprovação, admiração
e brilho a qualquer preço, exacerbando todos o nosso orgulho e vaidade,
escondidos ou não.
Esse excesso de busca de aplauso, nos faz esconder quem somos
(opiniões, preferências, atitudes...) e estamos sempre tentando nos moldar às
preferências da plateia que nos ouve. “Abrimos mão” de quem somos para agradar
e receber aplausos. Passamos a vida com um pires na mão, mendigando aplauso e
valorização e nos magoamos e até mesmo deprimimos quando não somos mais
alimentados por essa valorização externa.
Como tudo na vida, os
aplausos e os elogios são úteis na medida certa! Eles são gostosos em nossa
vida social, mas não devem ser contínuos e exagerados para não confundir,
viciar e enlouquecer nosso ego. Só o constante cuidado e atenção conosco mesmos
irão nos levar ao autoconhecimento, à autoaceitação, à autoafirmação, à
autovalorização... É um processo a ser feito com muito carinho, paciência e bom
humor!
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