Nas guerras com os inimigos usamos todo tipo de armamento
para nos defender : máscaras. escudos., torpedos, bombas... Tudo que possa nos
isolar e nos blindar. Em nossas táticas, usamos pistas falsas para desnortear o
inimigo: mentiras, omissões e manipulação de notícias... Guerra é guerra!
Não podemos perder, pois a derrota nos faz sofrer e queremos
vencer para alimentar nosso orgulho e nossa vaidade! Mesmo nas guerras com o mundo, pouco pensamos
nos propósitos e nos custos das lutas. Primitivos que ainda somos, trazemos em
nós a necessidade de lutar para sobreviver, para dominar, para impor ideias,
resguardar privilégios, poderes... Pela força, avançamos e lutamos!
Mas, tão impregnados estamos dessa necessidade de dominar, de
cuidar e de decidir pelos outros, conforme nosso orgulho nos orienta, que em
nome do amor, para resguardar nosso amor, passamos a usar as mesmas armas das
guerras em nossas relações mais queridas!
Inseguros pelo medo de perder o “objeto” de nosso amor,
perdemos a espontaneidade e a verdade nas relações. Queremos parecer sempre melhor
a quem amamos e acabamos criando máscaras de quem não somos com tantas omissões,
mentiras, fantasias... Com o tempo, com
o desgastar nas lutas para controle, com ciúme (ou para fugir dele), com os
silêncios, que criam climas sinistros e maiores inseguranças, com as emoções sufocadas, mas afinal vomitadas em cobranças
constantes... Então, resolvemos, mais e
mais, nos resguardar com escudos, cada vez mais fortes e impenetráveis... E ali
ficamos, tristes, famintos de amor, magoados, sem enxergar saída, aprisionados numa
verdadeira guerra de trincheiras.
É Simples! Não podemos estar em nossas relações amorosas
usando armas de guerra! Não adianta
trocarmos de parceiros se vamos continuar
em outras guerras. A guerra é complexa, dura, sem compaixão ! Seu
propósito é lutar e vencer. Ao
contrário, o amor é simples, alegre, generoso! É mantido pela aceitação, pelo respeito de
espaços e limites por uma comunicação aberta e verdadeira.
Se já nos encontrarmos entrincheirados nessa guerra, a saída é, com paciência, ir descomplicando, depondo armas um dia de cada vez, acreditando que a Verdade os libertará e o amor os reaproximará