Atenção nos remete a estar presente, estar
vivo, a observar tudo a nossa volta. Normalmente observamos e julgamos pessoas
e situações conforme nossos padrões,
nossas crenças. Julgamos friamente, sem isenção, sem compaixão... A
exceção fica por conta daqueles a quem amamos, onde somos mais tolerantes,
muitas vezes em excesso. Essa é a
Atenção que dedicamos ao mundo exterior, atentos aos amigos e inimigos, às
competições, às buscas do ego.
Mas, e a Atenção
para conosco? Ao que sinto a cada momento, física e emocionalmente? Como reajo
às pessoas e situações? Eu me observo e julgo? Com que critérios? Generosos ou
duros? Arranjo explicações e desculpas?
Com o
propósito de nos conhecermos melhor, insistimos na Atenção e Observação, cada
vez com mais Verdade, criando uma intimidade com nossas reações emocionais, sentimentos,
pensamentos, intenções. O auto conhecimento acontece na Atenção contínua de nós
mesmos.
Mas, cuidado
com os julgamentos a nós mesmos! Como
pouco nos conhecemos e ainda pouco nos amamos, a tendência é nos julgarmos sem compaixão.
Frustrados e até envergonhados, feridos em nossa vaidade e orgulho por nossos
erros e fracassos, sentimo-nos cheios de culpa e entramos num processo de auto
punição e menos valia.
Não desista!
Insistindo no processo de Atenção e observação com Compaixão, iremos
chegando à Aceitação do que fomos (e ainda somos) – à nossa humanidade ainda
tão imatura, com medos, ousadias, mesquinharias, inconsequências, invejas, traições...
Descobrindo e reconhecendo que não somos ainda
o que queríamos ou pensávamos ser (perfeitos, coerentes, fortes, valentes,
justos...) , vamos caminhando mais humildes, serenos e nos tornando mais imparciais
e generosos em nosso olhar para o Mundo!