Para as Mães (e pais), é esse o maior desafio, o maior
sacrifício, a maior dor, o maior ato de amor. É devolver ao mundo difícil e
cruel a criatura que você mais ama, que você desde o inicio cuida, defende, ensina...
É, finalmente, ir entendendo que seu papel mudou, criou novas nuances ...mas
sempre com o mesmo incomensurável Amor!
Na verdade é um processo que se iniciou desde que aquele
filho se anunciou. O medo que algo estivesse “errado”, que algo ameaçasse
aquela cria de amor... Não o conhecíamos, mas já o amávamos, já intuíamos que
nosso papel era amar, cuidar, defender... Esse amor nos levou a um apego
intenso, apesar de sabermos que estávamos num mundo de passagem, onde tudo é
tão transitório!
Nosso Amor era intenso e para sempre, mas nosso papel na vida
do filho era mutante, porque ele também estava em constante mudança. Ele
crescia para a Vida, para suas próprias escolhas, por vezes tão diferentes das
nossas, dos nossos cuidados... Eles precisavam sair do nosso colo, se arriscar,
desafiar, cair, se magoar, aprender, crescer... Para isso um Poder Maior de
pura sabedoria amorosa nos havia criado. Meu Deus, como é difícil, doído,
aceitar essa distância que se faz necessária.
Quando insistimos em, “por amor”, querer controlar, facilitar, orientar seus novos desafios
(casamentos, educação de filhos, empregos...), sem que sequer fosse solicitado
o conselho, nós os infantilizamos ou sufocamos. Noutras vezes nós os afastamos,
deixando em nós saudade e tristeza e neles, libertação com culpa!
É muito difícil entender e aceitar nosso papel de Mãe ao longo dessa caminhada com os filhos. Amar libertando cada vez mais, ter disponibilidade para ele a qualquer tempo e ter Respeito a esse Ser que não é nosso, que apenas Deus nos confiou nessa passagem... É um Amor muito complicado para as mães e precisamos de perdão para as vezes que nos confundimos e falhamos!
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