Passamos a maior parte de nossas vidas como folhas soltas , à
deriva, inconscientes, buscando as alegrias que o Mundo nos promete na
imaginação...
Em algum momento, no entanto, somos colhidos por tempestades!
São tempestades que nos derrubam, nos arrastam, nos gritam e nos fazem
gritar... Conhecemos, então, dores desconhecidas, desilusões que nos despedaçam
os sonhos, as “certezas”, o nosso chão, o nosso mundo! Parece que nada mais faz sentido: por que?
Para que? Como pode tudo acontecer? Parece que a Vida nos sacodiu de nosso
sonho infantil, de nosso passeio, de nosso caminhar inocente ao vento... Somos despertados, sacudidos, chamados para
outros níveis e para outras descobertas em nossas relações com Deus, com outros
seres humanos (tão humanos), conosco mesmos...
Iremos, então, descobrindo, muito mais próximo, um Deus
Amoroso que nos acolhe e nos fortalece; descobrindo o que há de pior e
mesquinho/egoísta no ser humano cego pela materialidade e descobrindo a
sensibilidade/generosidade amorosa de amigos também humanos...Vamos descobrindo
a força sagrada de nossa origem divina! As tempestades têm esse poder de nos
sacudir e despertar...
Depois das Tempestades vem a Bonança, glorificante e
merecida! São momentos de refazimento de nossas forças; é um tempo para apagar
velhas mágoas, ilusões... É como fazer uma operação de rescaldo no passado que
passou para seguirmos adiante num eterno recomeço...
Acredito que as tempestades pelas
quais passamos – mortes ou separações, seja em nossas relações mais íntimas e
familiares como casamentos, amizades ou com as perdas materiais com as
incertezas da natureza, elas têm o duro
e bom propósito de nos sacudir e despertar para recomeços, mas que não sejam eles
meras repetições infantis, sem aprendizado, sem auto responsabilizarmo-nos pela
parte que nos coube na possível prevenção ou condução das tormentas, afetivas
ou não.
As
tempestades continuarão a se apresentar de diferentes formas em nosso
caminhar, mas os recomeços nos exigem contínuos e continuados ressignificados
– de Deus, das pessoas, de nós mesmos!
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