Essa é uma pergunta que está tornando-se corriqueira nas
ruas, no comércio, em nossas relações mundanas... Ela traduz gentileza,
cuidado, interesse, mas, sobretudo, Respeito! O que você está precisando? O que
você deseja? Qual a ajuda que posso lhe oferecer? São perguntas que demonstram
Respeito a nós – o que você deseja? O que posso?
Infelizmente, dentro de nossas relações mais íntimas e
amorosas, esse respeito não acontece! Querendo ajudar, atropelamos as
dificuldades de quem amamos, atropelamos o outro, sua individualidade, seus
desejos, sua dignidade... Não oferecemos sugestões, mas damos orientações e
insistimos, insistimos, insistimos... impedindo que descubram suas saídas e
cresçam. Nesse afã de salvar, de resgatar, torna-se difícil o aprendizado com
os desafios que a Vida traz, muitas vezes como consequência de suas próprias escolhas.
Essa “ajuda “invasiva, agressiva, que humilha, que aprisiona,
domina, que demonstra minha superioridade (financeira, intelectuais ou outras),
que tenta nos livrar da dor de ver o processo doloroso de quem amamos, é muito egoísta,
ainda que escondida e disfarçada pelo
“amor” . É uma distorção da ideia de Ajudar Servindo e fica a serviço da
tentativa de controle da vida do outro
Tão perdidos e obcecados ficamos na tentativa inútil de “ajudar
“, que perdemos o controle de nós mesmos e de nossa própria vida. Essa falta de
respeito aos nossos limites leva ao esgotamento das relações com mágoas,
acusações, “ingratidões”, muita raiva, afastamento, ressentimento...
Só o respeito ao Limite que marca a individualidade de cada
um poderá realmente ajudar de modo útil e amoroso em nossas relações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com
Obrigada por sua participação.