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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

COMPETIÇÕES EM FAMÌLIA

 


         Já nascemos em meio à competições na família! Ele/a parece mais com quem? Qual a família sabe o melhor modo de criar e educar? Ele/a gosta mais de quem? O ciúme rola entre pais, avós, tios... e nós no meio, sendo disputados, manipulados e, inseguros, aprendendo a  manipular...

Todos queremos ter Amor e Valor! É isso que nos move em nossas relações, na família ou fora dela! Somos vítimas dessas distorções e passamos a acreditar que nosso valor e amor dependem de sermos vencedores nessas “batalhas”. Passamos pela vida muitas vezas como mendigos buscando sempre sermos vencedores e termos aprovação de fora.

Entre irmãos isso torna-se muito forte, numa comparação constante e doentia, que se arrasta pelos anos: quem é o queridinho do pai, ou da mãe, ou da avó? Essas competições seguem carregadas (mesmo quando mais leves pela maturidade), de mágoa, ciúme, raiva, injustiça... criando antagonismo entre irmãos! Essas comparações e preferências atrapalham o desabrochar sadio de nossa auto imagem, auto confiança e auto estima, permanecendo sempre nosso foco de atenção fora de nós mesmos.

Carregamos essa necessidade de “ser mais” para nossas outras relações, competindo sempre, disfarçando nosso medo de “ser menos”, com as máscaras da indiferença, do orgulho e vaidade...

Onde essa distorção traz mais prejuízo é no “Amor” e no casamento! No início, movidos pelo encantamento das paixões, admiramos o Outro, mas sempre competindo: Quem é o melhor, mais perfeito, mais companheiro ? Como não somos perfeitos, como falhamos em manter a imagem prometida, passamos ao velho hábito de nos comparar, a criticar, cobrar e menosprezar um ao outro. Agora, ainda nos comparamos nessa triste competição: Quem é o pior?

O problema das competições e disputas é que não aprendemos a olhar para nós mesmos, para nossos talentos ou dificuldades. Nós nos medimos pelos Outros ! Precisamos que alguém perca, seja menos, para que nos sintamos valorizados e possamos ser amados!

No entanto, olhar para nós mesmos, cuidar com carinho e valentia de nossa humanidade, sem comparações, nos traz a intimidade leal que serve de base para nossa auto estima e auto valorização.


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