Como borboletas infantis, inconscientes, corremos pela vida
em busca de prazeres. Nessa busca tola, infrutífera para realmente nos nutrir,
nos excedemos em tantas coisas, atropelamos pessoas que amamos e, por fim,
cansados e confrontados com as consequências de nossas atitudes, começamos a
ter um despertar de nossa consciência adormecida.
Esse despertar foi marcado pela dor. A princípio, tentamos de
toda forma nos explicar e justificar. Não queríamos a culpa de falhar porque
nos acreditávamos superiores à possibilidade de errar. Afinal, foi-nos ensinado
a busca de perfeição e da valorização, não a fragilidade de nossa humanidade!
No processo de despertar e encarar a realidade dos erros,
fomos apresentados ao monstro da Culpa! Ali, nesse charco lamacento,
ficamos aprisionados... Nem buscávamos uma saída, porque não merecíamos...Nosso
espírito orgulhoso, não nos admita fuga ou perdão.
Quanto tempo ali ficaremos, rememorando o passado, os erros,
as culpas...num remorso infindável? Quanta dor ainda merecemos
sofrer por ter errado, por falhar... e ser humano? Um Pai Maior e mais Amoroso já entendeu
nossas fraquezas já nos perdoou o passado esperando apenas que tenhamos
aprendido a lição dolorosa e possamos seguir em frente...
Mas, muitos de nós, duros, imperdoáveis, vingativos de nossa
humanidade frágil, não aceitamos a lição, o aprendizado e a necessidade de
seguir na caminhada! Nos arvoramos em mais sabedores do que esse Poder Amoroso
e nos prendemos no passado, revivendo erros , numa punição doentia, nos
fustigando eternamente com uma dor sem fim e sem proveito, numa Expiação
mórbida...
Só a Humildade de nos reconhecermos simples e humanos,
merecedores do amor e perdão de Deus, só a Humildade de reconhecermos
nossa fraqueza poderá nos libertar da
prepotência, da vaidade orgulhosa da auto punição e Expiação e, enfim, nos
liberar para continuar, fazendo as reparações,
sempre que possível, em nosso
caminhar...
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