Passos sugerem caminhada... Mas para onde? Em direção a quê? O que buscamos, afinal? Buscamos sobreviver, ansiamos por prazer, mas,
acima de tudo, queremos ser felizes!
Habitando
esse mundo material, aprendemos que a felicidade estava lá fora, fora do nosso
alcance imediato e devíamos buscá-la, lutar por ela! E por ela temos ido tão
longe, sofrendo, disputando... Afinal, valia a pena!
Nós a
buscamos nos bens materiais, no poder, no prestígio... para sermos “sucesso” no
mundo, perante todo mundo! Acreditávamos que só sendo assim valorizados e
amados poderíamos ser felizes! Coerentes com essa crença e a partir do medo de
perdermos o que nunca foi realmente e definitivamente nosso, passamos a nos
relacionar com apego a coisas e pessoas, numa luta infinda pelo controle delas
distorcendo a comunicação com segredos, mentiras, manipulações, cobranças... Tornamo-nos
vítimas de frustrações, decepções, mágoas, culpas, vergonhas, medo, medo,
medo... E quanto mais nos empenhamos
nessa “caçada” pelo amor e valorização do mundo, mais nos confundimos, mais nos
desesperamos e distanciamos de nossa meta inicial: a felicidade!
Muitos de
nós lutamos até o fim de nossos dias: amargos, desiludidos, agressivos,
aguerridos até a insensibilidade. Outros, se contentam e anestesiam com o
prazer que tentam encontrar na busca exagerada de dinheiro, prestígio, sexo,
comida, rezas, jogos, químicos... também até o fim!
Será que a felicidade não é,
afinal, para nós, nesse mundo? Ou será
que a felicidade não virá do mundo, mas podemos aprender a começar a
desfrutá-la ainda nesse mundo? Talvez precisemos
apenas redirecionar nosso olhar, nossa atenção...
Os Passos sugeridos pelos
Anônimos (AA e os outros Anônimos) nos apontam uma nova direção, nos apontam para uma caminhada interior, tendo como oriente de nossa busca o despertar
de nossa capacidade de amar a nós mesmos e ao mundo. É uma caminhada porque
nesse percurso descobrimos, aceitamos e nos propomos a transformar tudo aquilo
que, dentro de nós, nos afasta de nossa luz e alegria interior: as velhas crenças
competitivas, irreais, desamorosas, sempre voltadas para o mundo exterior; os
sentimentos escondidos, bloqueados, as atitudes interiores de defesa e luta...
Tudo o que forma essa blindagem dura e escura que nos distancia da nossa luz,
que nos impede de sermos leves, livres e felizes.
Esses Passos
sugerem uma caminhada para a liberdade, única, particular, individual, ao tempo
e modo de cada um. É importante “mente e coração abertos” para iniciar essa
viagem tão diferente do que fomos condicionados. Os Passos sugerem a gostosura
de um caminhar honesto, desassombrado, bem humorado, leve...para aproveitar e
apreciar tudo que o caminho nos oferece. Esses Passos também sugerem...
Continua...