Impactados, confusos e machucados, mas “lapidados” no
desenrolar desse processo desamoroso, alguns de nós conseguem vislumbrar afinal
uma saída diferente para esse dilema. E a saída para os dilemas que enfrento na
vida estão em mim: no modo como me
vejo, como vejo o outro e nas crenças que tenho sobre nossos papéis na relação.
Se eu não mudo meu modo de pensar, eu
não mudo nada em minha vida!
Nas
relações afetivas não existem mocinhos e bandidos! Cada um de nós é responsável
pelo seu próprio conforto e o próprio espaço dentro da relação! Então...
- preciso começar a entender
e rever minha história, meus relacionamentos, meus papéis, minhas atitudes, sob
as crenças que os norteavam.
- preciso entender que máscaras, fantasias, sedução,
manipulações, são atitudes desonestas que apenas escondem do outro a pessoa
incrível e única que Sou.
- preciso trazer Verdade
à minha palavra, dar voz aos meus sentimentos, aos meus pensamentos, aos meus
projetos; preciso deixar transparecer quem Sou, ser querida como Sou... Só
assim me sentirei segura nas relações.
- preciso abrir mão
da luta, da tentativa de controle, da competição, de ser invasiva, da alegria
efêmera e vazia de vencer, de ter a última palavra com aquele que eu queria, na
verdade, apenas amar e com ele compartilhar, cooperar, criar...
- preciso aprender a
ser responsável pelo meu espaço, minha vida, pela minha felicidade... Não posso
delegar, jamais, essa
responsabilidade a qualquer pessoa, para depois não “queimar” nossa união com
queixas e cobranças... Preciso aprender a estabelecer, comunicar e honrar meus limites – preciso ser assertiva!
- preciso acreditar,
mais e mais, que somos duas pessoas inteiras, completas, únicas, diferentes...
Pessoas que se amam e resolveram caminhar parceiras, lado a lado, mas livres em
seu próprio caminhar.
Devo rever
tudo que acreditei saber sobre o casamento. Tudo que me levou àquele terrível e
doloroso dilema. Devo rever, mas é importante lembrar que não posso reviver o
passado de qualquer relação! Não posso tentar transformar uma relação para
resgatar seu passado, até porque só posso modificar a Mim. Todavia, minhas
mudanças criam um novo presente e abrem novas possibilidades para mim nas minhas
relações. Quando não nos reformulamos e não aprendemos com o passado, tendemos
a repeti-lo ou a ficarmos congelados no tempo e na dor.
Quero
aprender a amar sem artifícios, sem cegueira, sem truques, sem luta... E me
pergunto: Em que momento estou no meu casamento? A caminho desse dilema?
Se estou na fantasia, ainda é tempo de acordar e acreditar
que só a realidade pode nos trazer Segurança,Verdade e Alegria...
Se estou na agonia, posso estancar parte da vida que se
esvai da relação com as minhas mudanças...
Se a relação já morreu, posso aprender com sua promessa
gorada de vida, com sua agonia e sua morte... Posso me preparar para agora Amar com Simplicidade, Respeito e Verdade!