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quinta-feira, 4 de abril de 2013

O DILEMA DO CASAMENTO III - A SAÍDA



            Impactados, confusos e machucados, mas “lapidados” no desenrolar desse processo desamoroso, alguns de nós conseguem vislumbrar afinal uma saída diferente para esse dilema. E a saída para os dilemas que enfrento na vida estão em mim: no modo como me vejo, como vejo o outro e nas crenças que tenho sobre nossos papéis na relação. Se eu não mudo meu modo de pensar, eu não mudo nada em minha vida!

            Nas relações afetivas não existem mocinhos e bandidos! Cada um de nós é responsável pelo seu próprio conforto e o próprio espaço dentro da relação! Então...
 - preciso começar a entender e rever minha história, meus relacionamentos, meus papéis, minhas atitudes, sob as crenças que os norteavam.
- preciso entender que máscaras, fantasias, sedução, manipulações, são atitudes desonestas que apenas escondem do outro a pessoa incrível e única que Sou.
 - preciso trazer Verdade à minha palavra, dar voz aos meus sentimentos, aos meus pensamentos, aos meus projetos; preciso deixar transparecer quem Sou, ser querida como Sou... Só assim me sentirei segura nas relações.
 - preciso abrir mão da luta, da tentativa de controle, da competição, de ser invasiva, da alegria efêmera e vazia de vencer, de ter a última palavra com aquele que eu queria, na verdade, apenas amar e com ele compartilhar, cooperar, criar...
 - preciso aprender a ser responsável pelo meu espaço, minha vida, pela minha felicidade... Não posso delegar, jamais, essa responsabilidade a qualquer pessoa, para depois não “queimar” nossa união com queixas e cobranças... Preciso aprender a estabelecer, comunicar e honrar meus limites – preciso ser assertiva!
 - preciso acreditar, mais e mais, que somos duas pessoas inteiras, completas, únicas, diferentes... Pessoas que se amam e resolveram caminhar parceiras, lado a lado, mas livres em seu próprio caminhar.

            Devo rever tudo que acreditei saber sobre o casamento. Tudo que me levou àquele terrível e doloroso dilema. Devo rever, mas é importante lembrar que não posso reviver o passado de qualquer relação! Não posso tentar transformar uma relação para resgatar seu passado, até porque só posso modificar a Mim. Todavia, minhas mudanças criam um novo presente e abrem novas possibilidades para mim nas minhas relações. Quando não nos reformulamos e não aprendemos com o passado, tendemos a repeti-lo ou a ficarmos congelados no tempo e na dor.

            Quero aprender a amar sem artifícios, sem cegueira, sem truques, sem luta... E me pergunto: Em que momento estou no meu casamento? A caminho desse dilema?
Se estou na fantasia, ainda é tempo de acordar e acreditar que só a realidade pode nos trazer Segurança,Verdade e Alegria...
Se estou na agonia, posso estancar parte da vida que se esvai da relação com as minhas mudanças...
Se a relação já morreu, posso aprender com sua promessa gorada de vida, com sua agonia e sua morte... Posso me preparar para agora Amar com Simplicidade, Respeito e Verdade!