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domingo, 6 de março de 2016

HOSTILIDADE II




            É uma atitude interior de rejeição, que se mostra através de comportamentos agressivos velados, disfarçados... ou não!  Os (pré) conceitos, as (pré) suposições que geram desconfiança e insegurança, o medo do que representa ou pode representar o Outro... nos mantém em campos opostos.   A rejeição ao modo de ser do outro, seus valores, suas ideologias, suas escolhas, seus papéis exercidos em nossa vida... tudo alimenta a hostilidade.

 A hostilidade paira sobre nossas relações, sem que saibamos definir, claramente, para nós mesmos, a sua origem... Somos nós que hostilizamos? Ou somos hostilizados? Ou tudo se confunde, num jogo perverso de defesa e ataque?  
  
Ela se eterniza nas relações pelas sombras dos “não ditos” ou “mal ditos”, nas situações mal resolvidas que tanto nos incomodam e se arrastam, na falta de respeito a cada um... Fazemos, então, questão de demonstrar em atitudes a nossa hostilidade:  impaciência, irritação, pequenas (ou grandes) grosserias, indiferença, desprezo, deboche, ironia, cobranças para demonstrar incompetência, negação de participar, isolamento... Negamos, ou nos negam, a nutrição de nos sentirmos aceitos, respeitados, queridos... apesar das diferenças.

Romper a hostilidade que envenena nossa vida demanda percepção clara e honesta do que sinto, das minhas atitudes com o  Outro e dos comportamentos do Outro comigo. Demanda, também, comunicar os limites claros e firmes do que é tolerável em nossa  relação. Não posso modificar a hostilidade do Outro, mas posso estabelecer meus limites a ela e honestamente, “elegantemente”, me resguardar. 

Não vale a pena nos prendermos nesse jogo perverso de “dar o troco”, de sermos também hostis. Minha Dimensão Melhor, a Espiritual, precisa estar atenta e conversar com meu Ego Defensivo e Irritadiço para ele relaxar, esclarecer os “não ditos” e buscar ser firme e amigável! É difícil, mas vale a pena! A vida nos oferece possibilidades melhores, mais gentis, verdadeiras, respeitosas... mais gostosas de conviver.  E é isso que desejamos, afinal!

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