É uma atitude interior de rejeição, que se mostra através de
comportamentos agressivos velados, disfarçados... ou não! Os (pré) conceitos, as (pré) suposições que
geram desconfiança e insegurança, o medo do que representa ou pode representar
o Outro... nos mantém em campos opostos.
A rejeição ao modo de ser do outro, seus valores, suas ideologias, suas
escolhas, seus papéis exercidos em nossa vida... tudo alimenta a hostilidade.
A hostilidade paira sobre nossas relações, sem
que saibamos definir, claramente, para nós mesmos, a sua origem... Somos nós
que hostilizamos? Ou somos hostilizados? Ou tudo se confunde, num jogo perverso
de defesa e ataque?
Ela se eterniza nas relações pelas
sombras dos “não ditos” ou “mal ditos”, nas situações mal resolvidas que tanto
nos incomodam e se arrastam, na falta de respeito a cada um... Fazemos, então,
questão de demonstrar em atitudes a nossa hostilidade: impaciência, irritação, pequenas (ou grandes)
grosserias, indiferença, desprezo, deboche, ironia, cobranças para demonstrar
incompetência, negação de participar, isolamento... Negamos, ou nos negam, a
nutrição de nos sentirmos aceitos, respeitados, queridos... apesar das
diferenças.
Romper a hostilidade que envenena
nossa vida demanda percepção clara e honesta do que sinto, das minhas atitudes
com o Outro e dos comportamentos do
Outro comigo. Demanda, também, comunicar os limites claros e firmes do que é
tolerável em nossa relação. Não posso
modificar a hostilidade do Outro, mas posso estabelecer meus limites a ela e
honestamente, “elegantemente”, me resguardar.
Não vale a pena nos prendermos
nesse jogo perverso de “dar o troco”, de sermos também hostis. Minha Dimensão
Melhor, a Espiritual, precisa estar atenta e conversar com meu Ego Defensivo e Irritadiço
para ele relaxar, esclarecer os “não ditos” e buscar ser firme e amigável! É
difícil, mas vale a pena! A vida nos oferece possibilidades melhores, mais
gentis, verdadeiras, respeitosas... mais gostosas de conviver. E é isso que desejamos, afinal!
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