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domingo, 17 de abril de 2016

O PODER DOS GRUPOS HUMANOS




           Somos seres grupais. Mesmo sendo indivíduos/únicos, precisamos das relações grupais para nos descobrirmos, nos construirmos e nos desenvolvermos. Precisamos nos sentir pertencendo! Mas o poder dos grupos pode ser para o Bem ou para o Mal! A força dessa pertença pode nos arrastar para a agonia ou para a alegria, para a prisão ou para a libertação. 

A necessidade que temos dessa pertença dá aos grupos o poder de dirigir nossas mentes a partir de crenças/orientações, que controlam nossos pensamentos, nossos sentimentos e atitudes. É um poder que pode tornar-se perigoso, porque nos submete ao que vem de fora (foco externo), nos condiciona a aceitar como verdades as verdades do grupo; porque, para Pertencer, os grupos nos fazem abrir mão de Ser, das nossas próprias razões, dos nossos anseios, das nossas escolhas, para sermos aceitos, valorizados e amados.

Em nossa sociedade humana, a princípio pela necessidade de sobrevivência, fomos acolhidos e passamos a ser parte de grupos que nos defendem, mas, em troca, esperam e cobram obediência e lealdade.  São acolhedores, mas coercitivos. E sempre funciona assim, nos muitos grupos aos quais vamos pertencendo: Família, Escola, Igreja, Clubes, Culturas... Recebemos muito, desde que não queiramos contestar a “cartilha” do grupo, desde que não queiramos Ser originais, criativos, diferentes! Os grupos temem as diferenças e os diferentes que podem ameaçar sua homogeneidade, seu poder ou a perda/abandono de suas “partes/indivíduos”.

Mas não podemos abrir mão de sermos leais a nós mesmos! Não fomos criados para sermos meros repetidores em troca de valorização e defesa. Temos um dever a cumprir com a Luz que nos foi confiada por um Poder Maior. Temos dons, ideias, qualidades a serem descobertos, desenvolvidos... e defeitos e dificuldades a serem superados. Temos histórias únicas, destinos únicos, caminhos únicos a serem trilhados, ainda que enriquecidos no compartilhar. Esse é o nosso grande desafio: Ser e Pertencer!

Precisamos buscar o equilíbrio entre o respeito a nós mesmos e o respeito a todos no grupo, qualquer grupo, para nos tornarmos enriquecidos e enriquecedores.  Precisamos abrir mão de tentar controlar e de não nos deixarmos controlar...  Precisamos não criar expectativas sobre os outros, nem aceitarmos o peso das expectativas do grupo. Precisamos ser leais e verdadeiros conosco mesmos para sermos espontâneos e trazermos leveza e sanidade ao grupo.  Toda a responsabilidade que vou adquirindo para cuidar de mim reflete-se em cuidado, respeito e responsabilidade com os grupos de que fizer parte.

Quando encontramos esse equilíbrio, tornamo-nos um elemento libertador e sadio ao grupo, levamos a força criativa do indivíduo ao grupo que, com riqueza e força, nos retroalimenta...    Assim caminhamos, assim evoluímos...

Continua: Poder da Família  

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