Adotar é acolher, escolher para si, para sua vida,
para sua história, para seu coração.. .uma ideia, um estilo, um animalzinho, um
amigo, um companheiro, um filho... Adotamos um filho na juventude ou na
maturidade, acolhemos um filho no casamento ou fora dele, um filho de nossa linhagem
familiar e sanguínea ou de qualquer outra origem... Acolhemos um filho menino, jovem, adulto... Acolhemos, independente de raças, de origem
religiosa ou cultural. Apenas, escolhemos, acolhemos, adotamos... É uma atitude de entrega da nossa mente, do nosso
coração...
Quando adotamos alguém, estamos
acolhendo um ser único no universo, de características únicas, de uma história
única, que irá se entrelaçando com a nossa e criando novos capítulos para ambos.
É importante, então, entender e respeitar sua individualidade, sua necessidade
de trilhar seus próprios caminhos. A adoção, como uma relação de amor, não
comporta segredos e mentiras, nem expectativas e cobranças.
Relações tão intensas de amor não
podem aceitar adjetivos que, na intensão de explicá-las, apenas as restringem e
empobrecem: filhos paridos, filhos
trazidos por outros laços, filhos adotados... E os que chegam em tempos tempestuosos, os
filhos inoportunos? E os que chegam de fora, que chegam assustados e
ressentidos, fragilizados destroços de naufrágios familiares? Nesses filhos, quanto
medo, desamor, insegurança... muitas vezes sob máscaras de rebeldia ou
indiferença? Quanto anseio de serem amados, aceitos e adotados por nossos
corações, ainda que sejam anseios disfarçados ou até mesmo insuspeitados!
Na medida em que são
realmente acolhidos e adotados por nosso amor, cria-se um vínculo que nos
confere e reforça o sentimento de sermos pais e mães. E algumas vezes a Vida
nos traz filhos, de sangue ou não, filhos que não adotamos em nosso coração.
Perdemos, então, uma maravilhosa chance de amar, de construir laços que, para
sempre, enriqueceriam nossas vidas.
Na verdade, necessitamos, todos, de
dar e receber amor, de adotar e de nos sentirmos adotados. Que alegria, que
sensação de aconchego e segurança, sentirmos que somos, realmente,
adotados/aceitos por um grupo, por um irmão, por um companheiro, por nossos
pais, por nossos filhos... E nos leva a pensar: Por que essas pessoas? Que contrato sagrado nos uniu? Que mistério
nos encaminhou para esse Encontro? É a
partir de então que, realmente, teremos a oportunidade de aceitarmos,
acolhermos, adotarmos, uns aos outros, construindo, a cada dia, vínculos de
amor para o Sempre.
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