Existem momentos, que às vezes se prolongam demais, em que nos sentimos
presos a lutas cansativas e desesperadas e nos debatemos em contínua agonia!
Lutas interiores por questões fora de nós, questões onde somos impotentes,
questões que envolvem os outros e um
mundo que nos parece tão errado!
É quando não aceitamos o
passar do tempo, que nos traz tantas limitações físicas e perdas
“inaceitáveis”... É quando não aceitamos a desatenção, a indiferença, a
insensibilidade, a falta de tempo, o abandono, o desamor daqueles que mais
amamos... Ou quando não aceitamos suas
escolhas, quando elas nos parecem tão
diferentes e até perigosas, doentias...
E tão agoniados ficamos que não aceitamos nossa própria dificuldade de
lidar com tão grande tumulto interior!
É quando não aceitamos o
tempo em que vivemos, tempo onde só é ressaltado o lado perverso e doentio do
próprio Homem – maldades, espertezas, corrupções, agressões à Natureza da qual
fazemos parte... Um tempo que faz apologia do feio, das disputas, do subjugar
uns aos outros - na família, na sociedade, entre as nações... Um tempo que
banaliza o mal, e assim, cada vez menos, ele nos causa impacto e incredulidade!
Não podemos aceitar! Lutamos, nos revoltamos com os “erros e
errados”... e nos vemos prisioneiros de uma Agonia sem fim! Idealizamos,
queríamos tudo tão diferente! Mas, como fazer tudo e todos serem diferentes?
Não conseguimos, por impotência ou incompetência? Como aceitar o inaceitável?
É porque Aceitar
não é gostar! Aceitar é apenas não
lutar contra a realidade, é respeitar o que é possível a cada um de nós e ao
mundo, a cada dia... Aceitar é apenas reconhecer que somos impotentes para modificar os
Outros. Aceitar é respeitar outras impossibilidades, para resguardar nosso poder para nós mesmos, para as ações possíveis,para fazer o que realmente podemos...
A aceitação, lúcida e
verdadeira, de tudo aquilo que não podemos modificar, nos faz relaxar e traz
tranquilidade. Mesmo com dor e tristeza, ela nos liberta das “missões
impossíveis” de “salvar os outros e o planeta” e nos devolve a força para Cuidar de nós mesmos, nos transformar,
e poder , com humildade e respeito, colaborar
. Assim, vamos substituindo a raiva, a inconformação, a arrogância de tudo
julgar, condenar e querer modificar, a depressão, a escuridão e a Agonia do
des/espero, por uma Paz Interior, com Simplicidade, e a Esperança de sermos, nós mesmos, mais equilibrados e
pacíficos num mundo que desejamos mais sadio e amoroso.
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