Como caminho para meus encontros, quaisquer encontros? – Os
doídos, como doenças, despedidas, sepultamentos... E os alegres, como festas, aniversários, casamentos, festas
religiosas e familiares - Páscoa, Natal,
... Numa intimidade cada vez maior
comigo mesma, preciso me sondar e perguntar: Que motivos me levam? O que
carrego comigo para esses encontros?
Estou indo por obrigação social, religiosa ou familiar?
Quero evitar cobranças a mim (de mim mesma ou dos outros), ou para eu poder
cobrar atenção, amor e atitudes, dos outros?
Levo comigo a necessidade de competição, de aparecer bem – no físico, na
moral ou nos vestuários? Quero
demonstrar prosperidade material, superioridade intelectual ou religiosa ? Quero
mostrar ser um “sucesso”?... Mantenho-me como o observador analítico e
crítico das pessoas, baseando-me em fatos passados? Quem tem sido um bom amigo,
familiar ou amante e companheiro? Quem realmente merece meu abraço? Quem não
merece? Com quem devo falar, ou não? Quem é falso, ou verdadeiro? Quem ... Vou a esses encontros com ideias
preconcebidas das pessoas, de como tudo será ou se dará?
E com toda essa análise fria e racional de falhas passadas e
intolerância pelas nossas diferenças, que emoções e sentimentos afloram em
mim? Indignação, irritação, desprezo,
antipatia, raiva, inveja, mágoa, rancores?... Será que vou aproveitar a ocasião para julgar
e talvez até demonstrar todo meu azedume, azedando a ocasião, perdendo a
oportunidade de um encontro alegre e amoroso no presente?
Na verdade, posso escolher, agora, ir a esses Encontros
com leveza, com alegria pela expectativa
de um bom encontro da minha parte
e aproveitar a oportunidade de estar com alguém especial, com pessoas,
familiares e amigos. Oportunidade de rever,
talvez, pessoas que fizeram, ou fazem, parte da minha vida, dos meus dias.
Posso escolher olhá-las com boa vontade, simpatia, aceitando seu modo de ser ou
estar – de falar, vestir, de reclamar, de querer controlar, de se exibir...,
sem discutir, sem aceitar provocações. Posso escolher apenas curtir nossos
laços afetivos, consanguíneos, e descobrir, talvez, suas qualidades, abraçá-las.
Ao me dirigir a Encontros, principalmente aos familiares, quero
repetir para mim, lembrar-me a todo instante, que as pessoas são como são, só
por hoje. Que foram o que foram, só por ontem! Que o passado foi do modo que
todos nós pudemos fazer, mas o passado já acabou, não pode ser reescrito! A
Vida acontece agora! É um presente renovado de Deus! Aceitar, ou não, as pessoas
e o momento, fará a diferença para que meus Encontros com elas possam se
revestir de doçura e alegria e sejam verdadeiramente gostosos, amorosos, plenos
de espiritualidade.
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