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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

ENCONTROS AFETIVOS




        Como caminho para meus encontros, quaisquer encontros? – Os doídos, como doenças, despedidas, sepultamentos... E os alegres, como  festas, aniversários, casamentos, festas religiosas e familiares -  Páscoa, Natal, ...  Numa intimidade cada vez maior comigo mesma, preciso me sondar e perguntar: Que motivos me levam? O que carrego comigo para esses encontros?

         Estou indo por obrigação social, religiosa ou familiar? Quero evitar cobranças a mim (de mim mesma ou dos outros), ou para eu poder cobrar atenção, amor e atitudes, dos outros?  Levo comigo a necessidade de competição, de aparecer bem – no físico, na moral ou nos vestuários?  Quero demonstrar prosperidade material,  superioridade intelectual ou religiosa ? Quero mostrar ser um “sucesso”?...   Mantenho-me como o observador analítico e crítico das pessoas, baseando-me em fatos passados? Quem tem sido um bom amigo, familiar ou amante e companheiro? Quem realmente merece meu abraço? Quem não merece? Com quem devo falar, ou não? Quem é falso, ou verdadeiro? Quem ...   Vou a esses encontros com ideias preconcebidas das pessoas, de como tudo será ou se dará? 

           E com toda essa análise fria e racional de falhas passadas e intolerância pelas nossas diferenças, que emoções e sentimentos afloram em mim?  Indignação, irritação, desprezo, antipatia, raiva, inveja, mágoa, rancores?...  Será que vou aproveitar a ocasião para julgar e talvez até demonstrar todo meu azedume, azedando a ocasião, perdendo a oportunidade de um encontro alegre e amoroso no presente?

           Na verdade, posso escolher, agora, ir a  esses Encontros com leveza, com alegria pela expectativa  de um bom encontro da minha parte e aproveitar a oportunidade de estar com alguém especial, com pessoas, familiares e amigos.  Oportunidade de rever, talvez, pessoas que fizeram, ou fazem, parte da minha vida, dos meus dias. Posso escolher olhá-las com boa vontade, simpatia, aceitando seu modo de ser ou estar – de falar, vestir, de reclamar, de querer controlar, de se exibir..., sem discutir, sem aceitar provocações. Posso escolher apenas curtir nossos laços afetivos, consanguíneos, e descobrir, talvez, suas qualidades, abraçá-las.

           Ao me dirigir a Encontros, principalmente aos familiares, quero repetir para mim, lembrar-me a todo instante, que as pessoas são como são, só por hoje. Que foram o que foram, só por ontem! Que o passado foi do modo que todos nós pudemos fazer, mas o passado já acabou, não pode ser reescrito! A Vida acontece agora! É um presente renovado de Deus! Aceitar, ou não, as pessoas e o momento, fará a diferença para que meus Encontros com elas possam se revestir de doçura e alegria e sejam verdadeiramente gostosos, amorosos, plenos de espiritualidade.

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