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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

PERMISSIVIDADE




         O que permito, ou não, acontecer em minhas relações?  Estou aprendendo que, o que garante, realmente, ter uma relação sadia, confortável, gostosa, que me garanta espaço para Ser e crescer, é eu me tornar responsável pelo que permito acontecer nesta relação!

         Eu aprendi que, por amor, para prender, para manipular ou cuidar de quem eu amava, deveria permitir tudo ao Outro! Hoje, começo a entender que me deixei prender num processo profundamente desleal e desrespeitoso comigo e apenas colhi frustrações, lutas, desgastes,  mágoas, distanciamento e até desamor.

          Revendo a história de várias das minhas relações mais queridas (e hoje mais atenta), fico me perguntando o quanto fui, ou ainda estou sendo, permissiva - por amor, por generosidade, por medo, por baixa auto estima, por comodismo, por covardia, para evitar brigas, para parecer vítima, para parecer virtuosa, para fazer feliz ou para “salvar”  quem eu amava...

          Hoje reconheço que estou sendo permissiva quando aceito maus tratos e grosserias, quando aceito ser explorada física, material ou afetivamente, quando permito ser vítima na relação, quando acredito em mentiras e aceito manipulações, quando facilito e acostumo mal o outro, esperando obter ganhos afetivos...

           Permissividade é ser irresponsável por mim. É não ser assertivo e sempre adiar atitudes de respeito e lealdade a mim, na vida e na relação. Mas, mesmo conseguindo ver e entender toda essa distorção de meus comportamentos, mesmo desejando mudar, sei que o processo é lento e difícil. Não posso mudar o Outro, que está “mal acostumado” e que não quer entender ou “colaborar”!  Depende apenas de mim, da minha vontade de ser mais livre, do gosto de respeitar minha própria dignidade, da gostosura de cuidar de mim...

         “Você ensina aos outros como eles vão “te” tratar”. WD

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