Comunicamo-nos com o mundo, ou nos disfarçamos para ele,
através de nossas máscaras físicas. São
tantas máscaras que vamos criando! Na maioria, são eventuais, conforme nossas
eventuais necessidades. Mas muitas de nossas criações, tornam-se repetitivas,
rotineiras, contínuas... Essas refletem nossas crenças aprendidas, nossos
pensamentos e suas consequentes emoções, se expressando através de nosso corpo
físico. Elas nascem em nós e vão moldando-nos sem que percebamos, momento a
momento, dia a dia, nas variadas circunstâncias... Elas se sobrepõem a nós mesmos, ao nosso
interior verdadeiro de alegria e luz e, sob o peso dessas máscaras, passamos a agir,
reagir, a interagir com a vida.
Quando predominam em nós crenças, pensamentos e lembranças
negativas, passamos sentir constantemente tristeza, mágoa, ressentimento ou
raiva e rancor, criando em nós um “manto, uma máscara” interior, que nos
predispõe a nos tornarmos reativos à vida da mesma maneira. Quando somos prisioneiros da ansiedade, do
medo de terríveis possibilidades futuras, vamos construindo um manto interior
pesado, angustiado, que nos prepara para o pior, que nos enrijece o interior e
nos tira a abertura e a espontaneidade para vida.
Com o passar do tempo, essas “máscaras” interiores vão se
assenhoreando de nós! Muitas vezes ficamos reféns do passado e do futuro e
assim nos sentimos concretados nessas máscaras/mantos interiores, que passam a funcionar
como uma armadura pesada, levando-nos a pensar, sentir e agir no presente num “piloto automático emocional
negativo, sem liberdade de Ser e Estar de modo diferente, transformado, mais
iluminado... E as nossas outras máscaras faciais, apenas exibidas para o mundo,
quando tentam disfarçar esse nosso interior, têm um custo energético e emocional
imenso e são de curta duração, logo se desmantelam.
É importante tomar consciência desse processo que me
aprisiona para facilitar minha libertação.Ao mesmo tempo em que quero tentar viver no presente,
refutando pensamentos negativos e suas emoções decorrentes, preciso investir,
também, na mudança de minha “máscara”
física!. Se todos os nossos níveis se interconectam e se influenciam, posso
escolher distender os músculos de meu rosto e sorrir. Não preciso estar alegre ou verdadeiramente cordial, apenas preciso
sorrir! Há alguns anos, fui
orientada a estar atenta a esse exercício constante. Não liguei e com o passar
do tempo descobri como minhas reações às dores e dificuldades da vida foram
moldando em mim uma “mascara” séria, severa, pesada... Lembrei, então, do exercício sugerido... É
incrível, mas pude comprovar que não consigo manter ou alimentar tristeza ou
raiva enquanto mantenho uma fisionomia distendida e sorridente! É a dimensão
física influenciando minhas outras dimensões. Minhas mudanças e posteriores
transformações precisam acontecer de maneira inteira e integral, de forma
contínua, persistente, paciente – no crer, no pensar, no sentir, no agir, no relaxar o rosto e o corpo e Sorrir!
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