Somos
seres sociais e em qualquer grupo a que pertençamos somos cobrados e cobramos
obediência às regras de comportamento, às ideias e ao saber daqueles mais
antigos, que nos precederam nos grupos. Como
lidamos com a Obediência?
Existe
uma Obediência forçada, forçosa, para defesa dos objetivos de cada grupo. Na
Infância, quando estamos submetidos à força e cuidado da Família, por
necessidades afetivas e de sobrevivência, somos forçados a ouvir e obedecer.
Também ao pertencer a grupos sociais mais extensos, ficamos sob a supervisão e
vigilância da justiça, da polícia, atentos à obediência a leis e regras sociais
daquela cultura.
E também
quando escolhemos outros grupos aos quais desejamos pertencer, nos vemos
“forçados” a obedecer às suas regras: empresas, igrejas, associações esportivas
e de lazer, quartéis, mosteiros... Tendemos, muitas vezes. a nos incomodar, a tentar
desobedecer e até nos revoltar com essa obediência forçada. Mas é o preço do
pertencimento àqueles grupos. Podemos e devemos argumentar sobre a rigidez ou
lucidez de suas regras, mas quando não aceitos, nos resta obedecermos ou os
deixarmos.
Existe
ainda outro tipo de obediência – a obediência cega! É uma obediência doentia,
passiva, submissa, sem pensar, sem escolha... Deriva de nossa própria rigidez
em acatar crenças rigidamente impostas e aceitas – crenças familiares,
ancestrais, tradicionais, religiosas, ideológicas... A obediência cega é rígida
e nos torna robôs sem vida, sem pensar,
manipulados por grupos igualmente rígidos, impedindo a nós e a eles mesmos de
crescer e se transformar..
Mas, amadurecendo, vamos optando por uma obediência
nascida da flexibilidade, da liberdade de pensar, da inteligência de quem ouve
as diferentes possibilidades, analisa e escolhe. Obediência ao que não é
imposto, mas apenas sugerido pela experiência dos mais antigos e mais vividos,
dos que mais erraram e mais aprenderam. É uma obediência que nasce da liberdade,
da responsabilidade por nossas escolhas, da humildade que nos permite aprender
e do respeito aos mais experientes. Essa
é a obediência sugerida pelas Irmandades Anônimas!
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