Nunca olhamos, com coragem e com verdade, nesta “estranha”
direção - a interior. Sempre olhamos
para fora, para o mundo exterior, de onde poderia vir o bem e o mal. Aprendemos
a estar sempre assim, atentos, para controlar pessoas e situações. Mas a vida
acaba por nos confrontar com nossa impotência, desmontando essa tola ilusão de
poder e nos atirando na dor e no assombro. Lutamos muito, tentando “retomar” o
poder, mas, afinal, humilhados e rendidos, passamos a acreditar que poderia
haver uma outra saída, numa outra direção, para a busca de respostas a nossos
impasses.
Amparados amorosamente por alguns que já haviam enfrentado o
mesmo desafio, passamos a acreditar na orientação de um Poder Maior Amoroso,
que apontava a nós mesmos como o Caminho
! Caminho que nos mostraria as raízes
interiores dos nossos males e as possibilidades incríveis que possuíamos para
retomarmos o controle de nossas vidas.
Decidimos, então, nos entregar à Compaixão e Aceitação Serena desse
Poder para iniciar essa jornada ao desconhecido, ao Interior de nós mesmos...
E logo descobrimos como é difícil fugir à censura
controladora de nosso ego! Nossa viajem,
a princípio, é muito bloqueada pela repressão, por tudo que negamos
pensar/sentir/agir, disfarçado e escondido sob nossas máscaras. Não queremos
reconhecer atitudes e sentimentos “errados”, que nos trariam desamor, desprezo,
culpa, vergonha... Não podemos nos
desnudar assim, ainda que para nós mesmo! E então, ainda negamos, lutamos, nos
desculpamos, mas isso aumenta nossos conflitos, nos paralisa e só atrasa a viajem!
Em nosso socorro, para possibilitar o mergulho nesses
temidos subterrâneos, contamos com a doce força de nosso Deus Amoroso e a de
nossos iguais. Num generoso compartilhar, baixamos as velhas defesas, relaxamos
a tensão, aprendemos a valorizar a Coragem, a Lealdade a nós mesmos e a força
libertadora da Verdade. A vivência desses
valores amorosos vai desenvolvendo em nós uma Consciência Maior, espiritual,
superior e mais sutil do que os valores de luta e disputa de uma consciência
menor a serviço do ego. Não somos mais somente instinto, emoções e pensamentos
racionais . Estamos, aos poucos, nos deixando influenciar por valores e
sentimentos mais espiritualizados. Estamos, sem sentir, iniciando um despertar
espiritual.
Nesse
processo contínuo, precisamos estar sempre atentos à simplicidade e à
honestidade, para não cairmos no auto engano ficando presos à vaidade e ao
orgulho pelo que já conseguimos ou na acomodação com a desculpa de sermos
“doentes emocionais”. Esse inventário pessoal é parte importante de nossa
caminhada, mas só terá caráter libertador e transformador se for acompanhado de
efetivas mudanças em nossas atitudes, a cada momento, em cada situação.
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