Vivemos
tempos de aridez e secura. Em meio a contínuas lutas e disputas, externas e
internas, aprendemos a estar sempre em defesa, prontos para ataque, e assim ...
nos ressecamos. Como uma terra hostil e árida, perdemos nossa umidade e doçura,
engrossamos nossa pele, nossa fala, tudo racionalizamos e criamos espinhos...
Como um regato abafado pelas muitas pedras defensivas, perdemos cada vez mais a
conexão com nossa Fonte de Origem...
Sob a
armadura do ego, resistimos, atentos uns aos outros, esperando o pior, nos
preparando para o “troco”. Resistimos, mas em nossas vidas secas estamos
sequiosos de carinho, ternura, compaixão, companheirismo... Estamos sedentos de
sorrisos ternos, de gentilezas, de olhares desarmados... e cansados de fechar o peito, os punhos e o
rosto. Queremos relaxar, sorrir,
abraçar, amar, sem posse e sem medo!
Essa é a
Água pela qual tanto anseio! A Água que pode aplacar minha sede, que pode
inundar minha alma e meu Ser! Quiz tanto buscá-la lá fora! Queria que viesse dos
outros, desse mundo, também ele, tão
árido e sofrido... Não deu certo! Só colhia frustrações e mais me encolhia e
defendia...
Estou aos
poucos entendendo que preciso ir retirando minhas armaduras, retirando as
pedras com que tento me defender, para ir chegando ao “olho dágua”, à minha
Nascente de Origem, de onde me virá força e paciência, para, eu mesma,
reaprender a sorrir com tolerância, a aceitar e curtir com as diferenças e os
diferentes, a escolher ver tudo de bom e
belo que a Vida está me oferecendo todo o tempo ( nas pessoas, nos animais, na
natureza em geral...) Aos poucos, acredito que o terreno à minha volta se
tornará mais fértil.
Quero cuidar
de mim com toda a alegria e gentileza que busquei fora! Quero escolher trazer Água para minha
Vida...
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