Relações que
se acabam... Elas deram errado? Iniciamos uma relação (qualquer relação)
desejando e sonhando que elas “darão certo”, que o tempo nos congelará no que é
bom e, assim, seremos felizes para sempre. Vemos, então, as relações como
possibilidade de puro deleite.
Mas isso não acontece! Através do
tempo, elas se modificam, se desgastam e até se acabam! Se elas deram errado,
quem foi o vilão? E quem foi o mocinho? Sofridos pela dor da saudade, da
separação, da perda dos sonhos e fantasias, nossa percepção se distorce com a
mágoa, a raiva, a frustração, a culpa, a vergonha... Remoemos e revivemos
infinitas vezes nossa história, sempre com um mesmo vilão – eu ou, quase sempre,
o Outro.
Prometemos a nós mesmos
buscarmos novas relações, mas com as premissas antigas e fixados pelo mesmo
olhar, as relações poderão ser novas? É importante nos darmos um tempo para
podermos rever nas relações antigas os nossos papéis e atitudes. É importante
aceitar que todos fomos o que conseguimos ser, para o bem ou para o mal. É importante ir revendo e revisando com mais
maturidade as nossas histórias para não ficarmos aprisionados no passado,
repetindo sempre, com amargura e ressentimento, “Não deu certo”!
Na verdade, conforme nos convida E.
Dufaux para reflexão, tudo deu certo, porque cada encontro e relação que
tivemos cumpriu sua função em nosso caminhar. Olhando para mim (e não para o
Outro), cada relação me fez amar, sonhar, desiludir, sorrir, sofrer e...
ressignificar o Amor. Na dor, descobrimos aspectos escondidos de nossas
crenças, de nossos sentimentos, de nossas atitudes. Só na relação com o Outro
poderemos ver claramente, sem martírio, como somos ou como fomos.
Não posso voltar ao passado e
modificá-lo! Não poderei modificar meus eventuais parceiros ou amores de
qualquer tipo, mas poderei entrar em novas relações com um maior conhecimento
de mim mesmo, do que quero e do que posso, e com respeito ao mistério que é o
Outro.
Se estivermos abertos, despertos, atentos...
poderemos agradecer àqueles que contracenaram conosco (bem ou mal), entendendo
que tudo sempre “deu certo” obedecendo ao propósito maior de Deus para
nosso crescimento.
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