Momentos existem em que tudo toma uma intensidade maior em
nossas emoções. Ficamos mais sensíveis e emotivos. Alegrias e tristezas nos
abafam, tomam uma dimensão que foge ao nosso controle...
... A Alegria simplesmente de estar ou falar com as pessoas
que mais amamos... Datas festivas em família, onde e quando cada presença e
cada ausência têm um peso maior, onde cada um tem um tamanho especial em nossa
emoção; lembranças que nos atropelam, boas e doces lembranças... outras, tão
dolorosas! Os cuidados e atenções que recebemos daqueles que tanto amamos nos
enchem de alegria e gratidão, mas transbordam e nos abafam o coração! O Medo
das separações, as certas e as incertas. Filhos e netos que cresceram e se
vão... Doenças que nos ameaçam e aos nossos apegos, que ameaçam o fim de nosso
convívio. Etapas da vida que se anunciam como fim de ciclos... Testemunhar a
alegria solta das crianças, a “arrogância” boba dos jovens, as desilusões dos
adultos, o cansaço dos idosos... Nesses momentos, tudo nos acomete de roldão,
nos embaraça, nos embaralha, nos confunde...
São momentos de exagerada emoção, que já não controlamos,
que transbordam de nossos olhos, que embargam nossa voz... Quisera, ainda
conseguir sempre ser forte, segurar as lágrimas, distrair os pensamentos,
racionalizar, pensar nos ganhos da vida, avançar, sorrir... Quisera sempre sorrir e encorajar! Quisera não
entristecer os outros com minhas lágrimas!
Mas, nesse momento, não dá! Vou chorar! Desculpe, mas eu
vou chorar! Se der, vou disfarçar, enxugar os olhos, me retirar e esconder toda
essa emoção “inconveniente”. Não quero incomodar, mas preciso me aceitar e a
todo esse excesso de emoção, nesse instante! São momentos de pura fragilidade e
preciso desabafar, me acarinhar, me consolar... Talvez, afinal, toda essa fragilidade
ocasional permita ser vista, sentida e entendida como uma pessoa simplesmente
humana e que muito os ama!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se preferir, envie também e-mail para mariatude@gmail.com
Obrigada por sua participação.