Em tempos estranhos, onde
estamos forçosamente isolados ou, ao contrário, aprisionados uns com outros, é
importante estarmos atentos à como nos comunicamos. Estamos todos tensos, entediados, irritados,
amedrontados... e toda essa carga emocional tende a se revelar ao nos
comunicarmos com aqueles mais próximos companheiros. E a violência começa na
comunicação!
Nesse cotidiano forçado, vamos conhecendo
mais, em pequenos detalhes, uns aos outros. Ficamos mais “íntimos”, descobrimos
“intimidades” e diferenças, antes
disfarçadas ou escondidas no distanciamento das tarefas do dia.
Começamos a observar e julgar
atitudes e modos de cada um. Nossa irritação transborda e ficamos impacientes e
intolerantes. Nosso corpo, nossa voz, nossas palavras traduzem nossas emoções.
Sem nos darmos conta, começamos a nos comunicar com uma violência mal
disfarçada: implicamos, puxamos discussões, distorcemos o que nos falam e dessa
forma retrucamos, ou nos fechamos num silêncio agoniante que nos isola ainda
mais na prisão... Se já estava ruim, vai
ficando muito pior!
Observando e entendendo o que
se passa comigo, fica mais fácil entender o Outro. Essa violência que transmito
ao outro em nossa relação “forçada” é uma reação ao meu momento. Cabe a mim
cuidar de minhas emoções na “prisão”. É melhor aproveitar essa convivência para
descobrir também qualidades e entender as dificuldades, prioridades e carências
de meu\s companheiros de “cela”. É melhor sentir a gostosura da compreensão e
paciência, e sorrir, do que sentir a aspereza da raiva e impaciência, e
agredir.
Acredito que nada disso nos
aconteceu por acaso! Preciso aproveitar essa oportunidade em vez de piorar nossa
agonia! Apear de tudo, ainda quero ser feliz, mesmo nesses tempos tão
estranhos...
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