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quarta-feira, 29 de abril de 2020

E EU ? COMO ESTOU ?



        Tudo é movimento e mudança à minha volta! Mesmo “isolados”, estamos envolvidos pelo mundo à nossa volta! Mesmo longe, ansiamos pelo mundo, buscamos notícias, damos palpites, julgamos, tentamos orientar e controlar. Mas, notícias, novidades, nos assustam, porque sacodem nosso mundo interior. Detonam, ainda mais, nossos medos, derrubam ou reativam expectativas, lembranças, revolvem nossos sentimentos... 

         Nossa “zona de conforto”, mesmo quando estamos em meio a dificuldades, é a zona interior onde tudo está arrumado ao nosso modo. Mexer nela é criar turbilhões em nossos pensamentos e sentimentos. Esses turbilhões são as mudanças, que nos empurram para o objetivo da vida: Crescer! Confortavelmente estagnados, cheios de certezas, tudo “arrumado”, aí ficaríamos acomodados. (mas a Preguiça, “pecado capital” assim alimentado, é nociva, porque nos leva à paralização, à morte)...

         Nossas relações com o mundo é que vão nos sacudir e chamar para a vida – a vida interior. O mundo roda, mudam as pessoas à nossa volta, as pessoas mudam, mudam nossas percepções sobre as pessoas e as percepções delas sobre nós. Tudo muda como num caleidoscópio incrível, de movimento incessante.  Mas, o que importa é – E EU ? Como estou , nesses descobrimentos...  

         Não quero me perder de vista! Nas relações mais próximas, mais íntimas (ou não), quando sou confrontada em minha “zona de conforto”,  preciso observar os meus sentimentos,  aqueles que afloram: susto, raiva, incredulidade, desencanto, mágoa, medo...  E o que acredito ser o mais importante: Por que tenho esses sentimentos em resposta às atitudes dos outros, próximos ou não? Esses sentimentos vieram de quais crenças ou certezas, de quais fantasias ou desejos, em resposta a quais carências afetivas minhas? 

         O mundo continuará a rodar, as pessoas a mudar... e eu também, nesse movimento incessante e transformador. É importante desistir de ficar olhando, julgando, chorando e brigando com o que se passa fora de mim. Preciso, sim, estar atenta a mim, tentar me entender, entender a raiz dos meus sentimentos, crenças e fantasias, antes e agora, para não ficar perdida, desorientada, como uma folha na tempestade. 

         Pessoas são pessoas, em constante construção e transformação. Em casa, ou no mundo maior, quero amá-las com lucidez, “desamá-las” com tristeza (sem mágoa), diluindo minha raiva infantil e, principalmente, cuidando e olhando para mim mesma.

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