Acreditava que não devia haver limites para minha força, para o meu amor, para as virtudes... e que não havia espaço e perdão para minhas fraquezas e erros. Era uma visão idealizada, tola, irreal, do que eu podia, e isso me levava, muitas vezes, à humilhação de eu não ser quem devia ser ou à conformação e à “tolerância desculpada” de que “é assim mesmo”, “somos todos assim” !
Acreditava que não deveria haver limites e espaços em minhas relações mais queridas. “Amar é misturar!” e tentar modificar, tentar salvar quem amava. Isso me levava à exaustão e a ser controladora, invasiva, irritante... E me levava, também, com tristeza e frustração, ao esgotamento das minhas relações!
Hoje, já começo a aceitar que preciso olhar com realismo o que sou e o que posso, só por hoje ou no passado. Quais são as minhas forças (físicas, emocionais, mentais) nesse momento? O que ainda acredito ser possível nessa relação? Entendi, finalmente e totalmente, que sou impotente para modificar e salvar o Outro? Entendi que Posso e Devo estabelecer espaços e limites entre nós, para nos resguardarmos e nos respeitarmos, para preservarmos o Amor? Ou ainda tento estabelecer limites, tomar atitudes que entendo serem necessárias e exigem um desgaste emocional imenso, mas com o intuito de atingir e modificar o Outro? (colhendo frustrações e desalento...)
Em meio a tantas considerações, se impõe a pergunta principal: Qual é o meu limite ? Em meio a tudo que estou aprendendo sobre como me comportar nas relações, como guardar espaços, como não facilitar, não invadir e não tentar controlar... preciso estar em contato comigo para me perguntar: Qual é o meu limite? O que Posso, só por hoje? O que devo nem sempre é o que eu posso! Muitas vezes pode não ser o ideal, ou o mais certo, mas é o que Posso!
Olhar para mim, aceitar o que sou/fui e o que posso/pude, é aprender a ser humilde, ser honesta, a ser respeitosa comigo e me dá forças pra continuar, para me perdoar, para ir melhorando em minhas relações comigo mesma e com quem amo.
Acredito ser tudo Um dia de cada vez, sem tentar “apressar o rio”, sem desistir de mim mesma, atenta ao meu propósito real e individual, de caminharmos juntos e amorosos, cada vez mais livres
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