Estamos vivendo envoltos em Maya, a ilusão, num mundo “real”, aparentemente concreto, material. Na verdade, num universo de pura energia pulsante, onde tudo é mutante e temporário, nos agarramos à ilusão do que vemos de concreto no mundo material. Isso nos dá segurança e conforto, embora nos mantenha à margem e entendimento de nossas outras dimensões, além daquela de nossos corpos físicos.
Hoje já começamos a ter a percepção de nossos corpos emocional e mental. Mas ainda nos escapa quase totalmente a percepção e importância de nossa dimensão espiritual, nossa principal ligação com o Infinito, com um Poder Superior de onde tudo emana e de onde, afinal, nos originamos. Sofremos de uma “amnésia espiritual” !
Vagamos, então, sofridos, revoltados e assustados, nesse “vale de lágrimas” ou nos apegamos desesperadamente aos bens materiais, que, acreditamos, nos trarão, finalmente, alívio das dores ou o conforto para lidarmos com elas. Buscamos assim também, ainda com maior afinco, riquezas e bens que massageiem nosso ego, reforçando nosso orgulho e vaidade com situações de prestígio e poder. Elas nos trazem a promessa enganosa de prazer contínuo e nos fazem sentir acima dos problemas e dos outros.
Mas, num mundo transitório e passageiro, tudo passa. Tudo é Maya, pura ilusão. Tudo a que nos agarramos (pessoas, coisas, sucesso, prestígio, poder...) está passando e não consegue saciar nossa fome de algo maior e diferente, porque somos seres originalmente espirituais, precisamos de nutrição espiritual. Precisamos vivenciar, trazer para nossos momentos o Amor sob todas as suas formas - de aceitação, de compaixão, de companheirismo, de verdade, do carinho, da ternura, da igualdade, da disponibilidade, do respeito, da humildade, da simplicidade...
Esses são os valores eternos e sagrados, que podem nos nutrir como seres espirituais. Só eles têm o poder de nos fortalecer, nos transformar, de nos fazer florescer, e de preencher nossa fome de alegria e felicidade. Tudo mais é Maya, pura ilusão passageira...
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