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terça-feira, 29 de setembro de 2020

O AMOR E O ÓDIO

 


        É muito tênue e escorregadia a linha que separa o  nosso amor do ódio. Nossa humanidade é complexa e controversa, cheia de nuances e cores, detonadas por nossas crenças aprendidas, experiências vividas e tingidas por nossas características individuais.

        Amamos com admiração e inveja, com idealizações, com apego/ciúme, com medo, com insegurança e com raiva! Quanto mais amamos desse amor tão humano e sem limites (em quaisquer relações), mais nos sentimos vulneráveis e ameaçados, com medo de rejeição ou do menosprezo do outro. Ficamos à mercê do outro e isso é muito doído, angustiante e sempre ameaçador. Submetemo-nos, humilhados, com medo de perder ou escondemos e disfarçamos no orgulho e no aparente desprezo, esse medo e essa dor.

         O amor, que buscávamos para nos dar prazer e felicidade, transforma-se numa agonia de medo, desilusão e luta constante ao tentar preservá-lo ou reavê-lo. Assustados e confusos, nos descobrimos amando com muita amargura, com raiva... até com ódio! E até pensamos ou dizemos: Odeio te amar!

         Como sair do paradoxo desses sentimentos ? Como sempre, acredito que todas as respostas estão em mim. Preciso aprender a amar, primeiro a mim! Aprender a amar sem medo do que sou, como estou, sem fantasias, com verdade. Amar sem raiva, sem ódio do que não sou. Amar com aceitação, com valorização, sem submissão, com cuidado com minha dignidade assim descoberta.

          Aos poucos, já mais fortalecidos, podemos ir desconstruindo e transformando aquele amor bandido e ilusório, que adoecia minha relação. Estou aprendendo que, quanto mais me entendo e Amo, mais entendo e posso Amar os Outros. Um amor claro, límpido, solar, alegre e terno, sem medo...

 

 

 

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