Somos sementes da Luz. Somos seres humanos, com nossa humanidade num processo contínuo de nutrição, germinação, eclosão, transformação, frutificação, florescimento... Nossa Origem aponta o caminho a seguir à nossa humanidade, sempre em busca da Sintonia Sagrada que nos orientará a caminhada.
Muitas vezes nos perdemos nos descaminhos desse caminhar. Nossa humanidade lacrada, presa, fechada, distraída pelas fantasias e exageros de uma etapa material e intelectual, se deixou fascinar, hipnotizar, paralisar e nos fez perder o Sinal, andar em círculos.
Fugimos para as cidades em busca dessa modernidade, onde tudo é artificial. Desfrutamos de prazeres incríveis, físicos, químicos, virtuais... Tudo nos é permitido e se der errado uma pílula ou uma cirurgia nos resgata para continuarmos a festa! Somos assediados por novidades elétricas, eletrônicas, mecânicas... Interesses materiais viram necessidades prementes, porque quem tem mais, pode mais, sabe mais, domina mais, vale mais... Sobre existimos
nutridos por nosso orgulho, nossa arrogância, nossa vaidade, nossa raiva, nossa
inveja, nossa gula sexual, nossa fome animal... Lacrados em nossa visão
materialista, confinados nessa realidade dura e artificialmente colorida, temos
muito medo do Acabar, sem afinal desfrutarmos de algo maior, algo melhor, algo
que pressentimos estar nos faltando...
Hoje, principalmente, em tempos de pandemia, nossa humanidade caminhante, aprisionada, está paralisada nesse nível. Lacrada, desvinculada de sua Origem, do convívio sadio com sua natureza física/ psicológica e, principalmente, de sua natureza espiritual. Ela precisa do convívio livre e simples, com a natureza (com o verde, com a água, com o vento, a chuva, a noite, com o sol, com os animais...) Precisa do convívio pessoal, do compartilhar, com os outros humanos – estar próximo, tocar, olhar nos olhos, ouvir com interesse, com calor, sem pressa, sem aplicativos, sorrindo, com interesse, sem medo, menos defendida, valorizando e amando o Outro, nosso companheiro de caminhada!
Se não fizer, cada um, o que puder para se libertar da prisão enganosa desse lacre, estará condenado a continuar muito tempo como um morto-vivo a mais nesse exército triste de homens sem alma, sem alegria, sem amor...
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